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A resposta rápida a episódios de estresse financeiro permite que bancos centrais mantenham o foco no aperto monetário, conforme mostraram turbulências recentes nos Estados Unidos, Reino Unido e Suíça. A avaliação é do Fundo Monetário Internacional (FMI), em artigo assinado pela vice-diretora gerente da entidade, Gita Gopinath, o diretor do Departamento de Mercado de Capitais e Monetário, Tobias Adrian, e o diretor de Pesquisa, Pierre-Olivier Gourinchas.
De acordo com a análise, de maneira geral, os bancos centrais conseguem se defender contra turbulências ao mesmo tempo que combate à inflação. No entanto, momentos de estresse maiores e principalmente com inflação alta exigem que sejam feitas escolhas entre preços e estabilidade financeira, argumentou a organização.
Em contextos assim, disse o FMI, a intervenção em tempo hábil de formuladores de política – por meio de apoios de liquidez, compras de ativos ou injeção de capital, por exemplo – podem permitir que a política monetária siga o seu curso de buscar reduzir a inflação.
A necessidade de intervenções financeiras agressivas se torna cada vez mais aguda à medida que as tensões financeiras se intensificam e os riscos de insolvência aumentam. “As ações necessárias para prevenir uma crise podem se estender além do que os bancos centrais podem fazer sozinhos. Embora os BCs possam estender o amplo suporte de liquidez a bancos solventes, eles não estão preparados para lidar com os problemas de empresas ou tomadores de empréstimos insolventes, que devem ser resolvidos pelos governos”, comentou.