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Em meio à perspectiva de piora na crise energética que abala a Europa por conta da quebra no fornecimento de gás pela Rússia, o governo do Reino Unido suspendeu hoje formalmente a moratória sobre a produção de gás de xisto na Inglaterra, que permanecia desde 2019.
Ao mesmo tempo, confirmou seu apoio a uma nova rodada de licenciamento de petróleo e gás, prevista para ser lançada pela Autoridade de Transição do Mar do Norte (NSTA, na sigla em inglês) no início de outubro.
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Segundo o governo britânico, as duas medidas vem no sentido de reforçar a segurança energética do país. Para isso, acredita ser apropriado buscar todos os meios para aumentar a produção de petróleo e gás do Reino Unido, inclusive por meio de novas licenças de petróleo e gás e extração de gás de xisto.
Segundo o secretário de Negócios e Energia, Jacob Rees-Mogg, na conjuntura atual, fortalecer a segurança energética é uma prioridade absoluta. “Como disse a primeira-ministra (Liz Truss), vamos garantir que o Reino Unido seja um exportador líquido de energia até 2040”, afirmou.
Sob a nova rodada de licenças, espera-se que o NSTA disponibilize uma série de novos blocos de produção na plataforma continental do Reino Unido. Essas licenças permitirão que os desenvolvedores busquem fontes de petróleo e gás comercialmente viáveis dentro de suas áreas de suas licenças.
Os investidores vão precisar buscar aprovação regulatória para quaisquer atividades realizadas dentro de sua área licenciada, como perfuração ou construção de infraestrutura.
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Eventos sísmicos
Sobre o estímulo ao fraturamento hidráulico para gás de xisto, o governo informou que considerará futuras solicitações, mas também prevê a necessidade de obtenção de licenças e permissões para o início de operações.
A decisão está imersa em uma grande polêmica ambiental. A moratória para a exploração de xisto foi imposta em 2019, após o registro no ano anterior de eventos sísmicos na região de Lancashire durante perfurações feitas pela empresa britânica Cuadrilla.
Rees-Mogg disse que apenas 3 poços de teste foram fraturados hidraulicamente no Reino Unido até o momento e que é preciso mais locais de perfuração para coletar dados mais concretos e melhorar a base de evidências sobre os eventuais riscos
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“Levantar a pausa na extração de gás de xisto permitirá que a perfuração colete esses dados adicionais, construindo uma compreensão dos recursos de gás de xisto do Reino Unido e como podemos realizar com segurança a extração”, afirmou.