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O Reino Unido anunciou nesta sexta-feira (23) seu novo plano de crescimento que inclui o maior pacote de cortes de impostos em gerações. É uma cartada para tentar estimular a economia num momento no qual o país sofre com a inflação alta e prestes a entrar em recessão.
A inflação anual está atualmente em 9,9%, uma das taxas mais altas desde a década de 1980, o que levou o Banco de Inglaterra (BoE) a elevar ontem as taxas de juros em 0,5 ponto porcentual, para 2,25%, o nível mais alto desde 2008.
Os cálculos são de que o plano de hoje custe cerca de 45 bilhões de libras (US$ 50 bilhões) aos cofres públicos. Isso vai se somar a outros 60 bilhões de libras (US$ 66,5 bilhões) referentes ao planos de ajuda às contas de energia doméstica anunciados pela primeira-ministra Liz Truss há poucos dias.
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Em discurso hoje no Parlamento, o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, disse que será mantido imposto de 19% que incide sobre as empresas, em vez de ser praticado um aumento para 25% como estava previsto.
Ao mesmo tempo, a taxa básica de imposto de renda será reduzida de 20% para 19% em abril de 2023 – um ano antes do planejado – com 31 milhões de pessoas recebendo em média 170 libras (cerca de US$ 189) a mais por ano.
Meta de crescimento
O plano estabeleceu a meta ambiciosa para uma tendência de crescimento de 2,5%, garantindo financiamento sustentável para serviços públicos e melhorando os padrões de vida da população
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Kwarteng disse em seu discurso que o crescimento econômico não é um termo acadêmico sem conexão com o mundo real.
“Isso significa mais empregos, salários mais altos e mais dinheiro para financiar serviços públicos, como escolas. Isso não acontecerá da noite para o dia, mas os cortes de impostos e as reformas que anunciei hoje – o maior pacote em gerações – enviam um sinal claro de que o crescimento é nossa prioridade.”
Nas próximas semanas, o governo apresentará mais detalhes dos planos para acelerar a infraestrutura digital, reformar a regulamentação comercial, aumentar a oferta de moradias, melhorar o sistema de imigração, baratear o cuidado infantil, melhorar a produtividade agrícola e apoiar serviços financeiros.