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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) acelerou em agosto, subindo 0,72%, após alta de 0,45% em julho, informou nesta sexta-feira (16) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com esse resultado, o índice acumula alta de 2,36% no ano e de 4,26% em 12 meses.
Em agosto de 2023, o índice caiu 0,13% no mês e acumulava deflação de 7,37% em 12 meses.
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O dado de agosto veio acima do consenso LSEG de analistas, que estimava uma variação de 0,35% no mês.
André Braz, economista do FGV/Ibre, atribuiu a alta no mês ao reajuste dos combustíveis autorizado pela Petrobras em julho e que foi integralmente refletido no IGP-10. Segundo ele, esses preços impactaram tanto o índice ao produto (IPA) quanto o do consumido (IPC).
Ele disse que a gasolina emergiu como a principal influência em ambos os índices. “Esse fator foi determinante para a aceleração observada. Por outro lado, a desaceleração do INCC [preços da construção] deve-se à redução da taxa do grupo mão de obra”, destacou.
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IPA
Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) mostrou alta de 0,84%, superior à taxa de 0,49% registrada no mês anterior. Entre os estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram 0,09% em agosto, apresentando pequeno acréscimo em relação ao mês anterior, quando houve taxa de 0,07%.
Esse movimento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de combustíveis para o consumo, cuja taxa variou de 0,73% para 6,56%.
No grupo de Bens Intermediários, a taxa ficou em 1,26, acelerando ante os 0,44% de julho. Esse comportamento foi impulsionado pela alta nos preços do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 0,24% para 2,20%.
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A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,96% em julho para 1,12% em agosto, com as principais contribuições vindas do avanço em bovinos (de -0,88% para 2,67%), cana-de-açúcar (de 0,21% para 1,85%) e aves (de -2,90% para 1,03%).
No sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: soja em grão (de 1,96% para -0,26%), minério de ferro (de -0,60% para -1,68%) e café em grão (de 9,42% para 5,23%).
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,33% em agosto, ante alta de 0,24% em julho.
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Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (de 0,28% para 1,52%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,67% para 1,88%), Habitação (de 0,14% para 0,31%), Despesas Diversas (de 0,95% para 1,34%) e Comunicação (de 0,08% para 0,30%).
As principais contribuições para este movimento vieram de gasolina (de 0,52% para 4,56%), passagem aérea (de 3,53% para 11,21%), gás de bujão (de -0,11% para 1,50%), cigarros (de 0,02% para 1,00%) e mensalidade para TV por assinatura (de 0,22% para 1,64%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (de -0,12% para -1,32%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para -0,01%) e Vestuário (de 0,18% para -0,18%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.
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Nestas classes de despesa, as maiores influências vieram de hortaliças e legumes (de -3,14% para -15,28%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,75% para -1,02%) e roupas (de 0,12% para -0,27%).
INCC
Em agosto, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 0,59%, mostrando uma discreta aceleração em relação à taxa de 0,54% registrada no mês anterior.
Entre os componentes do INCC, Materiais e Equipamentos apresentaram alta significativa, passando de um crescimento de 0,38% em julho para 0,69% em agosto. No mesmo sentido, Serviços, que havia variado 0,08% em julho, subiu 0,62% em agosto. Já a Mão de Obra obteve uma desaceleração significativa, passando de 0,83% em julho para 0,47% em agosto.