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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prestou condolências públicas às famílias dos mortos no acidente com o jato executivo Legacy, que caiu na quarta-feira (23) na região de Tver, a cerca de 300 quilômetros de Moscou, matando todos os seus 10 ocupantes. A Agência Federal Russa de Transporte Aéreo confirmou na noite de ontem que o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava entre os passageiros a bordo do voo.
Falando em público durante uma reunião com Denis Pushilin, o chefe-interino da República Popular de Donetsk, Putin lembrou que conhecia Prigozhin há muito tempo, desde o início dos anos 1990. “Ele era um homem de destino difícil e cometeu erros graves na vida. Era uma pessoa talentosa, um empresário talentoso. Ele trabalhou não só em nosso país, com resultados, mas também no exterior, na África em particular”, disse Putin.
Ele não fez comentários sobre as suspeitas de participação de seu governo na queda do avião. Os antigos aliados Putin e Prigozhin estavam rompidos desde que o líder do grupo paramilitar havia se amotinado em junho passado, levando algumas tropas e tanques numa marcha em direção a Moscou, abortada após uma tensão de cerca de 24 horas.
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O líder russo também aproveitou para elogiar a atuação do Grupo Wagner no conflito na Ucrânia, a quem ele atribuiu “uma contribuição séria para a luta contra o nazismo na Ucrânia”. Essa alegação contra o país adversário tem sido frequente nas falas de Putin desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
“Parece que os dados primários indicam que lá (no avião) também estavam funcionários da empresa Wagner. Gostaria de salientar que são pessoas que deram um contribuição significativa para a nossa causa comum de luta contra o regime neonazi na Ucrânia”, repetiu. O presidente acrescentou que o país “não esquecerá” a contribuição do Wagner nessa luta.