Publicidade
Uma semana após notícias de que a Ucrânia havia iniciado uma contraofensiva e recuperado extensas porções de seu território ocupado antes por tropas russas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o que pode significar uma escalada do conflito, que já dura sete meses.
Em discurso transmitido pela TV nesta quarta-feira, Putin anunciou uma mobilização militar parcial da população e novos investimentos em armas. Ele também renovou ameaças aos países ocidentais. “Se a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada, usaremos todos os meios disponíveis para proteger nosso povo. Isso não é um blefe”, declarou.
Sem fornecer provas, Putin comentou que altos funcionários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) disseram que seria aceitável realizar ataques nucleares contra a Rússia.
Ele também culpou a Ucrânia por ataques contra a usina nuclear na região de Zaporizhzhia , que foi ocupada por tropas russas desde o início da guerra.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, detalhou disse que a mobilização parcial terá 300.000 reservistas convocados e se aplica àqueles com experiência militar anterior. Especialistas disseram que essa é primeira mobilização do tipo na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.
Logo após o discurso de Putin, a China exortou o Kremlin a diminuir a escalada. “Pedimos às partes envolvidas que alcancem um cessar-fogo e o fim da guerra por meio do diálogo e da negociação, e encontrem uma maneira de levar em consideração as preocupações legítimas de segurança de todas as partes o mais rápido possível”, comunicou o Ministério das Relações Exteriores da China.
Continua depois da publicidade
Biden reage
Em resposta às declarações de Putin, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden afirmou em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas que a Rússia “violou descaradamente os princípios fundamentais” da carta da organização global.
Ele prometeu continuar trabalhando com aliados para impor custos ao presidente russo. “Ninguém ameaçou a Rússia e ninguém além da Rússia buscou o conflito”, disse Biden.
(Com agências)