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A Instituição Fiscal Independente (IFI) elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023 de 1,0% para 2,3%, de acordo com o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) divulgado nesta quarta-feira (14). A análise mensal de conjuntura da IFI, no entanto, reduziu a projeção do crescimento da economia em 2024, de 1,4% para 1,2%.
De acordo com o relatório, houve uma surpresa positiva do PIB do primeiro trimestre, sobretudo pelo impulso na produção agrícola. “O resultado veio bem acima do esperado e levou à revisão do cenário de atividade econômica”, justificou a IFI.
A variação para este ano embute um quadro de desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre e de retração no segundo semestre. Para o PIB nominal de 2023, a projeção é de alta de 7,6% (revisado de 6,4%), refletindo, além do crescimento real de 2,3%, o deflator implícito de 5,2%.
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Em valores correntes, o PIB deve atingir R$ 10,7 trilhões. Para 2024, o valor esperado é de R$ 11,3 trilhões.
O texto informa que o cenário macroeconômico mais otimista contribuiu para melhorar a expectativa para as receitas primárias do governo central neste ano e, com isso, o resultado primário da União.
A projeção da IFI para a receita primária líquida subiu de R$ 1.887,7 bilhões para R$ 1.908,8 bilhões em 2023. Em proporção do PIB, a receita líquida foi mantida em 17,9%. O principal aumento em relação à revisão de cenários apresentada em maio ocorreu nas receitas administradas (+ R$ 29,5 bilhões), embora tenha aumentado também a expectativa da arrecadação líquida para o INSS (+R$ 3,8 bilhões).
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A melhora do cenário de receitas em junho na comparação com maio e a revisão no PIB fez com que a estimativa da IFI para o déficit primário do governo central em 2023 diminuísse de R$ 104,7 bilhões (1,0% do PIB) para R$ 84,8 bilhões (0,8% do PIB) no cenário base.
Para 2024, a expectativa de déficit passou de R$ 117,4 bilhões (1,0% do PIB) para R$ 105,5 bilhões (0,9% do PIB). No médio prazo (período de 2025 a 2032), a projeção de déficit primário permaneceu em 0,4% do PIB, em média.
Mesmo com um cenário melhor para os indicadores de fluxo, os dados realizados até o primeiro quadrimestre do ano indicaram uma reversão da trajetória de queda da dívida bruta em proporção do PIB, diz a IFI.
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A partir da mudança nas projeções de arrecadação e do déficit primário do governo central de 2023, a projeção para a dívida bruta passou a ser de 76,7% do PIB ao fim deste ano. Para 2024, a expectativa da IFI passou a ser de 80,9%, ante estimativa anterior de 81,9% do PIB.
“Em outras palavras, a melhora da projeção do resultado primário do governo central e, por conseguinte, do setor público consolidado em 2023 e 2024 provocou um ligeiro deslocamento para baixo nas estimativas da IFI para a dívida bruta no curto prazo”, diz o relatório.
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