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A produção industrial brasileira voltou a subir em março, após dois meses seguidos de retração. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (10), a produção subiu 1,1% ante fevereiro, acima da projeção do consenso Refinitiv, que era de +0,8%.
Foi a primeira alta registrada desde outubro do ano passado (+0,3%), que foi seguida por queda de 0,1% em novembro, estabilidade (0,0%) em dezembro e recuos de 0,3% em janeiro e de 0,2% em fevereiro.
O resultado para o trimestre de janeiro a março de 2023 ainda é negativo em 0,4%, mas no acumulado nos últimos 12 meses chegou à estabilidade (0,0%), após uma sequência de 10 meses no campo negativo.
Três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos pesquisados mostraram avanço na produção em março. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%).
Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), de outros equipamentos de transporte (4,8%), de produtos químicos (0,6%), de couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de produtos de minerais não metálicos (1,2%).
Por outro lado, entre as oito atividades em queda, confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%) exerceu o principal impacto em março de 2023, interrompendo três meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou alta de 13,5%. Vale destacar também os recuos assinalados pelos ramos de móveis (-4,3%) e de produtos de metal (-1,0%).
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Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (6,3%) e bens de consumo duráveis (2,5%) tiveram as taxas positivas mais acentuadas em março de 2023 ante fevereiro, com primeira acumulando alta de 7,0% em dois meses consecutivos de avanço e a segunda eliminando parte da perda de 2,7% acumulada nos dois primeiros meses de 2023.
O setor de bens intermediários (0,9%) também cresceu e intensificou o avanço de 0,5% assinalado em fevereiro último.
Por outro lado, a única taxa negativa veio de bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%), segundo mês de queda, período em que acumulou recuo de 0,7%.
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Comparação anual
Ante março de 2022, o setor industrial cresceu 0,9%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 11 dos 25 ramos, 39 dos 80 grupos e 44,6% dos 789 produtos pesquisados.
As principais influências positivas no total da indústria vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,2%), indústrias extrativas (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (15,7%). Também se destacaram as contribuições positivas de outros equipamentos de transporte (22,3%), de produtos de borracha e de material plástico (4,4%), de produtos alimentícios (0,7%) e de impressão e reprodução de gravações (17,5%).
Por outro lado, ainda frente a março de 2022, entre as 14 atividades em queda, produtos químicos (-9,5%) e metalurgia (-5,4%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.
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Outros impactos negativos importantes foram assinalados por produtos de minerais não metálicos (-7,3%), produtos de madeira (-15,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,8%).
Primeiro trimestre
Já a queda de 0,4% no acumulado do primeiro trimestre de 2023 foi motivada por resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 42 dos 80 grupos e 52,0% dos 789 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências negativas vieram de produtos químicos (-6,8%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), metalurgia (-4,6%) e produtos de madeira (-18,0%).
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Também houve contribuições negativas dos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,4%) e de máquinas e equipamentos (-3,7%).
Por outro lado, entre as nove atividades em alta, indústrias extrativas (3,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,2%) exerceram as maiores influências.
Outros impactos positivos importantes vieram de outros equipamentos de transporte (14,8%), bebidas (4,8%) e produtos de borracha e de material plástico (3,8%).
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Entre as grandes categorias econômicas, os três primeiros meses do ano tiveram menos dinamismo para bens de capital (-6,3%) e bens intermediários (-1,8%), ambos com perda mais intensa do que a média da indústria (-0,4%). Por outro lado, houve altas nos acumulados no ano de bens de consumo duráveis (8,9%) e de bens de consumo semi e não duráveis (3,2%).