Produção industrial recua 0,3% em janeiro ante dezembro, diz IBGE, dentro do esperado

Indicador acumulado nos últimos doze meses recuou 0,2% em janeiro, reduzindo a intensidade de meses anteriores

Roberto de Lira

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A produção industrial brasileira caiu 0,3% em janeiro, após apresentar variação nula em dezembro, quando interrompeu uma sequência de dois meses seguido de alta, informou nesta quinta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante janeiro de 2022, na série sem ajuste sazonal, a indústria cresceu 0,3%.

O consenso Refinitiv esperava uma queda de 0,3% em janeiro ante dezembro e uma alta de 1,3% sobre janeiro de 2022.

O indicador acumulado nos últimos doze meses recuou 0,2% em janeiro, reduzindo assim a intensidade de perda frente ao verificado nos meses de dezembro (-0,7%), novembro (-1,1%), outubro (-1,5%), setembro (-2,3%), agosto (-2,6%) e julho (-2,8%) de 2022.

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Na variação negativa de 0,3% da atividade industrial na passagem de dezembro para janeiro, três das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção.

Atividades

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram dos produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%), produtos alimentícios (-2,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%).

Outras contribuições negativas relevantes foram observadas em produtos químicos (-1,3%), de produtos de metal (-2,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,5%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,3%).

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Entre as 14 atividades com crescimento, os destaques foram indústrias extrativas, que avançaram 1,8%, exercendo o principal impacto, e interrompendo dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou redução de 7,7%.

Foram destacados também avanços nos ramos de produtos diversos (9,2%), de produtos de borracha e de material plástico (1,6%) e de produtos de minerais não metálicos (2,1%).

Categorias

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-4,2%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em janeiro de 2023, intensificando a perda de 1,6% registrada em dezembro de 2022.

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Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,3%) e de bens intermediários (-0,8%) também apontaram redução na produção, com o primeiro eliminando parte do crescimento de 5,3% acumulado nos dois últimos meses de 2022. Este último marcou o segundo mês seguido de queda e acumula perda de 1,5% no período.

Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,1%) apontou o único avanço em janeiro de 2023, permanecendo, assim, com o comportamento predominantemente positivo iniciado em outubro de 2022 e acumulando nesse período ganho de 2,3%.

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