Produção industrial no Brasil sobe 1,1% em outubro, mas fica abaixo do esperado pelos economistas

Em seis meses de alta, o crescimento acumulado foi de 39,0%, eliminando a perda de 27,1% que havia sido acumulada entre março e abril

Equipe InfoMoney

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Em outubro de 2020, a produção industrial de outubro cresceu 1,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, após altas em maio (8,7%), junho (9,6%), julho (8,6%), agosto (3,4%) e setembro (2,8%), informou o IBGE nesta quarta-feira (2).

Apesar da alta, o número foi abaixo do esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg, que esperavam alta de 1,4% na base de comparação mensal.

Em seis meses de alta, o crescimento acumulado foi de 39,0%, eliminando a perda de 27,1% que havia sido acumulada entre março e abril, que levou a produção industrial ao nível mais baixo da série. Mesmo com o desempenho positivo nos últimos meses, o setor industrial ainda se encontra 14,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

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Em relação a outubro de 2019 (série sem ajuste sazonal), a indústria avançou 0,3%, após crescer 3,7% em setembro último, quando interrompeu dez meses de resultados negativos seguidos nessa comparação. Com isso, o setor acumula perda de 6,3% no ano e queda de 5,6% em 12 meses, uma perda ligeiramente mais intensa do que a acumulada nos 12 meses até setembro (-5,5%).

Entre as atividades, a influência positiva mais relevante em relação ao mês anterior foi a de Veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%). Esse setor acumulou expansão de 1.075,8% em seis meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim se encontra 9,1% abaixo do patamar de fevereiro.

Outras contribuições positivas relevantes para a indústria vieram de Metalurgia (3,1%), Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%), Máquinas e equipamentos (2,2%), Produtos de metal (2,8%), Couro, artigos para viagem e calçados (5,7%), Produtos de minerais não-metálicos (2,3%), Confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,0%) e Produtos de borracha e de material plástico (2,1%). Essas atividades já haviam registrado avanços em setembro.

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Por outro lado, entre as onze atividades que tiveram queda, assinalaram os principais impactos negativos no mês os Produtos alimentícios (-2,8%), que tiveram interrompidos três meses de altas seguidas (expansão de 4,3%), e as Indústrias extrativas (-2,4%), que registraram o segundo mês seguido de queda, acumulando perda de 7,0%. Outros decréscimos relevantes vieram de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,2%), de Produtos do fumo (-18,7%) e de Outros produtos químicos (-2,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, em relação a setembro de 2020, os Bens de capital (7,0%) e os Bens de consumo duráveis (1,4%) assinalaram as taxas positivas, sendo que ambas marcaram o sexto mês seguido de expansão na produção e acumularam, nesse período, avanços de 111,5% e 506,7%, respectivamente. Os Bens de capital estão 3,5% acima do patamar de fevereiro, mas os Bens de Consumo duráveis ainda estão 4,2% abaixo.

Por outro lado, os segmentos de Bens intermediários (-0,2%) e de Bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) registraram resultados negativos em outubro, interrompendo cinco meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumularam ganhos de 26,6% e 30,4%, respectivamente.

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