Produção industrial da China decepciona em julho, mas vendas no varejo crescem

Indústrias chinesas produziram 5,1% mais em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, ante projeções de alta de 5,2%; varejo cresceu 2,7%, acima dos 2,0% de junho, e superaram estimativas

Roberto de Lira

Operários trabalham em fábrica de alumínio em Zouping, na província chinesa de Shandong (Foto: Stringer/Reuters)
Operários trabalham em fábrica de alumínio em Zouping, na província chinesa de Shandong (Foto: Stringer/Reuters)

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A produção industrial da China cresceu 5,1% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, decepcionando as projeções de crescimento de 5,2% de uma pesquisa com analistas feita pela Reuters e mantendo uma tendência de queda observada desde maio.

No entanto, as vendas varejistas subiram 2,7% na mesma comparação, ante 2,0% em junho e acima dos 2,6% projetados. As vendas nas áreas urbanas avançaram 2,4% e o volume do varejo nas áreas rurais subiu 4,6%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (pelo horário de Brasília) pelo NBS, o escritório nacional de estatísticas.

Excluindo veículos, as vendas no varejo tiveram aumento ainda mais intenso, de 3,6% anuais em julho, ante 3% em junho, conforme dados separados divulgados pela JLL.

As vendas no varejo online da China cresceram 9,5% ano a ano durante os primeiros sete meses, sustentando um crescimento relativamente rápido. Já as vendas online de bens físicos aumentaram 8,7% em relação ao ano anterior, respondendo por 25,6% do total do varejo no período.

O consumo de serviços se destacou como um ponto positivo, com as vendas expandindo 7,2% em relação ao ano anterior nos primeiros sete meses de 2024, de acordo com o NBS.

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Também foi divulgado que o investimento em ativos fixos nos primeiros sete meses do ano aumentou 3,6%, abaixo do crescimento de 3,9% previsto pelos analistas. Houve piora nos investimentos no setor imobiliário (-10,2% no acumulado do ano em julho, ante uma queda de 10,1% em junho).

A taxa de desemprego foi de 5,2% em julho, acelerando ante os 5% em junho, mas ainda inferior aos 5,3% do ano anterior.