Produção e vendas de veículos avançam em junho no Brasil, mostram dados da Anfavea

Foram produzidas 211 mil unidades em junho, 26,6% a mais do que em maio e 11,6% acima do fabricado em junho de 2023; vendas totalizaram 214,3 mil, com alta de 103% no mês e de 14,6% no ano

Reuters

Carros em pátio de montadora em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Carros em pátio de montadora em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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São Paulo (Reuters) – A produção de veículos no Brasil somou 211 mil unidades em junho, um acréscimo de 26,6% ante maio e de 11,6% frente ao mesmo período ano passado, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira (4) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

No primeiro semestre, o volume produzido de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus totalizou 1,14 milhão de veículos, um aumento de 0,5% em relação ao primeiros seis meses de 2023.

As vendas somaram 214,3 mil unidades no mês passado, o que representa um crescimento de 10,3% na base mensal e de 13,1% ano a ano, acumulando no período de janeiro a junho 998,6 mil unidades, alta de 14,6% ante igual intervalo de 2023.

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As vendas de veículos no Brasil devem crescer 10,9% em 2024, estimou a associação, acima da previsão anterior da entidade de expansão de 6,1%.

Para a produção, a Anfavea reduziu a projeção de crescimento de 6,2% para 4,9%, e nas exportações passou a ver um tombo de 20,8%, ante cálculo anterior de acréscimo de 0,7%.

Reforma tributária

As montadoras defenderam nesta quinta-feira que veículos a combustão sejam excluídos do chamado imposto seletivo, previsto na regulamentação da reforma tributária, assim como a elevação da alíquota sobre importação de veículos para 35%.

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Em entrevista coletiva em São Paulo, o presidente da Anfavea, Márcio Lima, argumentou que a inclusão de veículos a combustão no imposto seletivo vai contra a renovação da frota de carros brasileira e contra o processo de descarbonização do Brasil.

Na mesma coletiva, o presidente da Volkswagen Brasil, Ciro Possobom, defendeu a elevação da alíquota sobre importação como uma maneira de “estimular a indústria nacional”.