Presidente do BCE reafirma comentário sobre possível cortes de juros no verão europeu

Em entrevista concedida após a decisão de juros pelo comitê de política monetária, ele evitou responder diretamente se isso descarta a possibilidade de o afrouxamento começar antes

Estadão Conteúdo

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu

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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, esclareceu nesta quinta-feira (25) que mantém as declarações feitas há algumas semanas de que os juros na zona do euro podem ser cortados a partir do verão local, que começa em meados de junho.

Em entrevista concedida após a decisão de juros pelo comitê de política monetária, ele evitou responder diretamente se isso descarta a possibilidade de o afrouxamento começar antes.

Durante coletiva de imprensa, Lagarde também ressaltou que os dados mais recentes de índices de gerentes de compras (PMI) na zona do euro sugerem que a economia caminha para uma recuperação ao longo de 2024.

A responsável pela autoridade monetária europeia reiterou o compromisso em manter a política monetária em nível restritivo pelo “tempo que for necessário” para reduzir a inflação na zona do euro à meta de 2%

Segundo ela, as taxas básicas atualmente estão em nível adequado para conter a escalada inflacionária. “As decisões serão tomadas de acordo com os indicadores”, destacou.

A banqueira central ressaltou que os dados mais recentes têm confirmado as projeções do BCE. De acordo com ela, a inflação subjacente continua arrefecendo, em um sinal de que a política está sendo transmitida à atividade conforme o esperado.

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Lagarde afirmou ainda que os riscos ao crescimento econômico da zona do euro pendem para baixo, em meio à manutenção da política monetária em nível restritivo e uma série de outros fatores.

Ela comentou que a atividade na região deve ter estagnado no quarto trimestre de 2023 e que os indicadores mais recentes sugerem uma fraqueza.

Para ela, os riscos geopolíticos, principalmente no Oriente Médio, podem afetar negativamente o ambiente econômico e também constituem um potencial fator de aceleração da inflação.