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Os prejuízos à agricultura provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul alcançam pelo menos R$ 594,6 milhões, segundo dados parciais compilados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). As perdas certamente são maiores, uma vez que muitas cidades enfrentam dificuldades para inserir informações no sistema acessado pela entidade. Na pecuária, os prejuízos registrados chegam a R$ 147,7 milhões.
No total, a conta da tragédia, que já matou 100 pessoas, já chega a R$ 6,3 bilhões. Segundo o CMN, 417 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas, e 336 estão em estado de calamidade pública reconhecido pelos governos estadual e federal. No agro, as chuvas estão prejudicando sobretudo as colheitas de grãos como soja e arroz e a produção de carnes e leite.
A indústria de aves e suínos trabalha com a possibilidade de desabastecimento no Rio Grande do Sul nas próximas semanas, ao passo que os produtores de arroz afirmam que, apesar da quebra de safra prevista, não faltará produto para a população.
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“Importação de arroz e feijão vai ajudar no abastecimento, mas poderemos ter uma alta dos preços, em breve. As perdas de safras inteiras na região devem levar em torno de um ano e meio a dois anos para terem um início de recuperação. Isso porque as enchentes prejudicam o solo e levam o adubo e toda a estrutura de matéria do solo.”, observa o agrônomo André Corradini, mestre em gestão do conhecimento e coordenador dos cursos de ciências da terra na Uninter.
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