Preços de novas residências na China voltam a subir em janeiro

Foi a primeira alta mensal desde agosto de 2021; em janeiro, 36 das 70 cidades grandes e médias da China registraram aumentos

Roberto de Lira

Representação do mercado imobiliário da China (Foto: Shutterstock)
Representação do mercado imobiliário da China (Foto: Shutterstock)

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Os preços das novas residências na China interromperam uma longa sequência de queda em janeiro, segundo dados do National Bureau of Statistics (NBS). Os preços quatro cidades classificadas como de primeira linha (Pequim, Xangai, Shenzhen e Guangzhou) subiram 0,2% na comparação mensal, após uma queda de 0,1% em dezembro.

Segundo o jornal South China Morning Post, foi a primeira alta mensal desde agosto de 2021.

Cálculos feitos pela Reuters a partir dos dados oficiais mostram que, na comparação anual, ainda há queda de 1,5%, uma ligeira estabilidade ante os -1,6% registrados um mês antes. Esse dado veio em linha com as projeções.

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Segundo a agência Xinhua, em janeiro, 36 das 70 cidades grandes e médias da China registraram aumentos mensais nos preços de venda de novas residências, ante 15 cidades em dezembro. E um total de 13 cidades registrou preços de casas de revenda mais altos, ante sete no mês anterior.

Os preços das novas residências em 31 cidades de segundo nível aumentaram 0,1% mês a mês, revertendo a queda de 0,3% registrada em dezembro, enquanto 35 cidades de terceiro nível tiveram um declínio de 0,1% em relação ao mês anterior.

Liu Lijie, analista do Beike Research Institute, atribuiu o aquecimento do mercado à resposta otimizada do governo à vovid-19, bem como aos recentes ajustes de política para apoiar o setor imobiliário.

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Os compradores de casas estão abandonando a atitude de esperar para ver, e a redução nos custos de compra de casas ativou uma demanda reprimida por moradias, disse Liu.

Em novembro, as autoridades da China emitiram uma diretriz incentivando os bancos comerciais a conceder empréstimos para adquirir projetos imobiliários de maneira prudente e ordenada.

Além disso, a China anunciou no início de janeiro que colocaria em prática um mecanismo dinâmico para permitir que as cidades ajustassem o limite inferior das taxas de hipoteca da primeira residência com base na tendência dos preços de seus imóveis, outro impulso para o setor.