Preços ao produtor sobem 0,61% em agosto, na 7ª alta seguida, diz IBGE

IPP acumula alta de 6,42% em 12 meses, enquanto o acumulado no ano ficou em 4,76%; no mês, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço

Roberto de Lira

Visão aérea da fábrica da Votorantim Cimentos em Goiás (Divulgação/Votorantim Cimentos)
Visão aérea da fábrica da Votorantim Cimentos em Goiás (Divulgação/Votorantim Cimentos)

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O Índice de Preços ao Produtor (IPP) avançou 0,61% em agosto ante julho último, atingindo assim a sétima alta seguida dos preços da indústria nacional, informou nesta quinta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém o índice foi bem menos intenso que os 1,53% registrados um mês antes.

O indicador acumula alta de 6,42% em 12 meses, enquanto o acumulado no ano ficou em 4,76%. Em agosto de 2023, a taxa mensal havia atingido 0,75%.

No mês, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço quando comparadas ao mês anterior, menos que as 21 atividades em alta observadas em julho.

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Segundo Alexandre Brandão, gerente da pesquisa do IPP, o crescimento verificado em agosto foi um pouco menor do que o de julho, com destaque para os aumentos de preços nos setores de alimentos e outros produtos químicos. “Por outro lado, a variação negativa obtida pela atividade de indústrias extrativas ajudou a conter o quadro inflacionário na indústria”, explicou em nota.

As atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de agosto foram alimentos (0,32 ponto percentual), indústrias extrativas (-0,25 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,12 p.p.).

Em termos de variação, indústrias extrativas (-5,06%), impressão (2,85%), outros produtos químicos (2,42%) e móveis (2,04%) foram os destaques em agosto.

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Pela perspectiva das grandes categorias econômicas, a variação de entre julho e agosto foi a seguinte: queda de 0,18% de variação em bens de capital; alta de 0,38% em bens intermediários (BI); e subida de 1,12% em bens de consumo (BC).

A variação observada nos preços bens de consumo duráveis foi de 0,68%, enquanto nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 1,20%.