Preços ao produtor avançam 1,58% em julho, maior alta desde maio de 2022, diz IBGE

Esse foi o sexto resultado positivo seguido do Índice de Preços ao Produtor, que agora acumula altas de 4,18% no ano e de 6,63% em 12 meses; 21 das 24 atividades pesquisadas tiveram preços mais altos no mês

Roberto de Lira

Preços na porta da fábrica estão em momento de evolução (Divulgação/Votorantim Cimentos)
Preços na porta da fábrica estão em momento de evolução (Divulgação/Votorantim Cimentos)

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Os preços da indústria nacional aceleraram para 1,58% em julho na comparação com junho, após registrarem alta de 1,26% no mês anterior, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo IBGE. Esse foi o sexto resultado positivo seguido do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que agora acumula altas de 4,18% no ano e 6,63% em 12 meses.

Em julho do ano passado, a variação frente ao mês anterior havia sido de -0,76%.

Segundo Murilo Alvim, analista do IPP, além de terem registrado a sexta variação positiva seguida, os preços da indústria em julho representaram a maior alta desde maio de 2022, quando haviam variado 1,81%.

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Já o resultado de 4,18% no acumulado no ano mostra um cenário bem diferente do observado em julho do ano passado, quando o IPP acumulava uma queda de 7,17%. “No resultado acumulado em 12 meses, houve uma aceleração de 4,17% em junho para 6,63% em julho”, destacou Alvim em nota.

Entre as 24 atividades industriais investigadas pela pesquisa, 21 tiveram variações positivas de preço em julho frente ao mês anterior. Em comparação, em junho, 18 atividades haviam apresentado maiores preços médios nesse mesmo indicador.

As quatro variações mais intensas foram em metalurgia (4,47%), papel e celulose (3,79%), indústrias extrativas (3,48%) e refino de petróleo e biocombustíveis (2,83%).

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“Nos resultados de julho, percebemos uma alta espalhada por todo a indústria, com 21 dos 24 setores pesquisados apresentando maiores preços. Todos os setores que se destacaram, seja por variação ou por influência no resultado geral, tiveram altas em todos os indicadores analisados pela pesquisa”, pontuou Alvim.