PPI da Alemanha desacelera e vai a 34,5% em outubro, abaixo do esperado

Na comparação mensal, taxa ficou negativa em 4,2%, primeira queda desde abril de 2020; preços de energia pressionam com menos intensidade

Roberto de Lira

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O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha desacelerou em outubro e mostrou alta de 34,5% em relação ao mesmo mês do na passado. Em setembro, a inflação na “porta da fábrica” do país alcançou 45,8%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21) pelo departamento federal de estatística do país (Destatis). Na comparação mensal a taxa ficou negativa em 4,2%, primeira queda mensal desde abril de 2020.

O consenso do mercado esperava uma alta de 0,9% no mês e uma taxa anualizada de 41,5%.

Os preços da energia continuaram a mostrar a maior contribuição para o índice, com alta de  85,6% em outubro ante o mesmo mês de 2021. Em setembro, os preços da energia mostraram alta de 132,2% na comparação anual.

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O principal fator que influenciou a variação homóloga dos preços da energia foram os fortes aumentos do preço do gás natural (distribuição), seguidos dos aumentos do preço da eletricidade. Ante setembro, os preços da energia diminuíram em média 10,4%.

Excluindo os preços da energia, os preços ao produtor subiram 13,7% em outubro de 2021 (+0,4% em relação a setembro de 2022).

Em outubro, os preços do gás natural para distribuição subiram 125,6% ante o mesmo mês do ano passado, com os consumidores industriais tendo de pagar 151,2% a mais pelo gás natural do que um ano antes. Para o comércio, os preços subiram 119,2% e para os revendedores avançaram 117,7%.  Em todos os grupos de clientes, os preços do gás natural diminuíram 9,0% face a setembro de 2022, devido principalmente às quedas nos preços para os grandes clientes.