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SÃO PAULO – Após perder fôlego em maio, a caderneta de poupança voltou a captar um volume expressivo em junho, com entrada líquida de R$ 7,1 bilhões – a maior desde dezembro de 2020. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6) pelo Banco Central.
Fruto de depósitos de R$ 296,4 bilhões e retiradas de R$ 289,3 bilhões, o resultado é bem maior do que o registrado em maio, quando a poupança teve captação líquida de R$ R$ 72,6 milhões.
Mesmo com os resultados recentes positivos, os resgates na poupança ainda superam os aportes no acumulado de 2021 em R$ 16,5 bilhões. O estoque da poupança é hoje de R$ 1,030 trilhão.
A forte captação de recursos pelo produto bancário acontece em meio aos pagamentos do auxílio emergencial, criado para fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia de coronavírus.
Na última segunda-feira (5), o governo anunciou a prorrogação do benefício por mais três meses, até outubro.
Embora ainda bastante popular entre os brasileiros, a caderneta oferece um dos retornos menos atrativos no mercado financeiro, mesmo com o movimento de alta de juros em curso.
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Em junho, a poupança rendeu apenas 0,16%, ante variação de 0,31% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), por sua vez, ficou em 0,83% no período.
No semestre, o retorno da caderneta chegou a 0,83% (ante 1,28% do CDI e 4,13% do IPCA-15) e, em 12 meses, a 1,56%, enquanto o CDI teve variação de 2,28%, e a inflação foi de 8,13%.