População do Brasil deve chegar a 220,4 milhões e parar de crescer em 2041

Taxa de fecundidade, que era de 2,32 filhos por mulher em 2000, caiu para 1,57 filho em 2023 e deve recuar para 1,44 em 2040; proporção de idosos na população deve chegar a 37,8% em 2070

Roberto de Lira

Pessoas caminham em rua no Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
Pessoas caminham em rua no Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

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A população do Brasil vai para de  crescer em 2041, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de dados do Censo Demográfico 2022. Nessa data, segundo as estimativas, o país terá atingido a marca de 220,425 milhões de habitantes. Em 2070, esse contingente cairá 199,228 milhões.

O estudo demográfico destaca que, entre 2000 e 2023, a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,32 filho por mulher para 1,57 filho, e deve recuar para um índice 1,44 em 2040, quando atingirá seu ponto mais baixo.

Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, lembra em nota que a redução da taxa de fecundidade no Brasil vem desde os anos 1960. “Vários fatores contribuíram para isso, como a urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade feminina, além da popularização da pílula anticoncepcional”, listou.

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Por conta disso, as taxas de fecundidade recuaram gradativamente de uma média de mais de seis filhos por mulher para os patamares atuais.

As regiões com as taxas de fecundidade mais altas em 2023 foram Norte (1,83) e Centro-Oeste (1,71), enquanto o Nordeste (1,56), o Sul (1,56) e o Sudeste (1,48) tinham as taxas mais baixas. Entre os estados, a taxa de fecundidade mais alta foi a de Roraima (2,26) e a mais baixa, do Rio de Janeiro (1,39).

A idade média da população brasileira, que atingiu 35,5 anos em 2023, deve subir para 48,4 anos em 2070.

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De acordo com os dados, a idade média em que as mulheres tinham filhos era de 25,3 anos em 2000 e passou para 27,7 anos em 2020, devendo chegar a 31,3 anos em 2070.

O número de nascimentos por ano no país recuou de 3,6 milhões em 2000 para 2,6 milhões em 2022, e deve cair ainda mais, para 1,5 milhão em 2070.

Enquanto isso, de 2000 a 2023, taxa de mortalidade infantil recuou de 28,1 para 12,5 óbitos por mil nascidos vivos, um indicador que cairá para 5,8 em 2070.

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Já a expectativa de vida ao nascer subiu de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023, e deve chegar aos 83,9 anos em 2070.

De 2000 a 2023, proporção de idosos (60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos.

O IBGE destacou que as projeções de população orientam políticas públicas das três esferas de governo e permitem que o instituto atualize suas amostras de pesquisas domiciliares.