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O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil avançou a 54,2 pontos em maio, após 51,8 pontos em abril, divulgou nesta quarta-feira a S&P Global. O resultado – o mais alto em oito meses – mantém o indicador acima do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza expansão do setor.
Segundo a diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, o crescimento observado em maio se deve a uma aceleração nos índices de novos pedidos, produção e emprego.
“Uma queda mais acelerada no índice de pedidos em atraso indica excedente de capacidade entre os fabricantes brasileiros e evidencia o fato de que o crescimento de novos pedidos continua aquém da produção”, diz ela em nota. “Contudo, os fabricantes de bens contrataram mais trabalhadores em maio, em antecipação a uma evolução nas vendas. O sentimento predominante em relação às perspectivas de médio prazo é positivo, com quase 71% dos fabricantes prevendo níveis de produção mais altos nos próximos 12 meses.”
De acordo com a S&P Global, houve aumento nos pedidos a fábricas pelo terceiro mês consecutivo, com a taxa de expansão mais significativa desde julho de 2021, assim como na produção. Diante da melhora nas vendas, nos pedidos de produção e do aumento nos esforços de estocagem, a compra de insumos entre os fabricantes brasileiros acelerou no ritmo mais intenso em oito meses.
O índice de preços de insumos, por sua vez, registrou um aumento acentuado, bem acima da média de longo prazo. A inflação se deve à falta de equilíbrio entre oferta e demanda, à volatilidade dos preços de energia, ao lockdown na China e à guerra entre Rússia e Ucrânia. O avanço foi um dos mais elevados em 16 anos, acrescenta Pollyanna de Lima.
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