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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil se recuperou da queda do mês anterior e avançou do patamar de 50,4 em agosto para 53,2 em setembro, informou nesta terça-feira (1) a S&P Global. No entanto, dada uma desaceleração de agosto, a leitura média do terceiro trimestre foi a mais baixa em 2024 até agora.
Segundo a S&P Global, as condições do setor industrial no Brasil tiveram uma melhora significativa, impulsionadas por um novo aumento na produção, criação de empregos fortalecida e aceleração no crescimento das vendas.
Já as pressões sobre os fornecedores aumentaram, com os prazos de entrega se alongando ao nível máximo em mais de dois anos, à medida que as empresas intensificaram a compra de insumos.
As pressões sobre os preços continuaram elevadas, considerando os dados históricos, com os custos dos insumos e os preços dos bens finais subindo em uma das taxas mais rápidas observadas em mais de dois anos
Para Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, um fator significativo para a recuperação no mês foi uma melhora acentuada nas vendas, principalmente no setor de bens de capital, que havia indicado fragilidade anteriormente.
“A pressão maior sobre os custos observada na metade do trimestre persistiu no mês de setembro, impulsionada principalmente pela desvalorização cambial”, disse em nota.
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Para ela, embora as empresas tenham intensificado suas compras de insumos em antecipação a novos aumentos de preços, “os benefícios da fragilidade da moeda, a maior competitividade internacional e o ligeiro crescimento das vendas para clientes estrangeiros podem não compensar totalmente o aumento dos custos”, afirmou.
“Apesar desses desafios, as expectativas de negócio otimistas e o crescimento das contratações entre os fabricantes sugerem que o crescimento da produção deve se manter nos próximos meses, indicando a resiliência do setor”.