PMI dos EUA aponta que atividade acelerou em junho, com menor pressão de preços

PMI composto avançou para 54,6 em junho, nível mais alto desde abril de 2022; tanto o indicador de serviços quanto o de manufatura contribuíram para o ganho de atividade

Reuters

Fábrica da Toyota em San Antonio, nos EUA (Foto: Jordan Vonderhaar/Reuters)
Fábrica da Toyota em San Antonio, nos EUA (Foto: Jordan Vonderhaar/Reuters)

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Washington (Reuters) – A atividade empresarial dos Estados Unidos atingiu a máxima em 26 meses em junho em meio a uma recuperação no nível de emprego, mas as pressões dos preços diminuíram consideravelmente, oferecendo esperança de que a recente desaceleração da inflação possa ser sustentada.

A S&P Global disse nesta sexta-feira que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA, que agrega os setores de manufatura e serviços, subiu para 54,6 neste mês.

Esse foi o nível mais alto desde abril de 2022 e seguiu-se a uma leitura final de 54,5 em maio. Resultados acima de 50 indica expansão no setor privado.

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Tanto o setor de serviços quanto o de manufatura contribuíram para o ganho de atividade.

A leitura elevada do PMI composto sugere que a economia encerrou o segundo trimestre de forma sólida.

No entanto, outros dados mostram um quadro diferente. As vendas no varejo quase não aumentaram em maio, depois de terem caído em abril, enquanto a construção de moradias ampliou o declínio, atingindo o nível mais baixo em quase quatro anos em maio.

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A economia está desacelerando após aumentos totais de 525 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve desde 2022 para controlar a inflação. A perda de ímpeto, juntamente com a diminuição das pressões inflacionárias, está mantendo em discussão um corte nos juros este ano.

O banco central dos EUA tem mantido sua taxa de juros de referência na faixa atual de 5,25% a 5,50% desde julho passado.

Detalhes

A medida da pesquisa da S&P Global sobre novos pedidos recebidos por empresas privadas aumentou para 53,4 neste mês, em comparação com 51,7 em maio.

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A medida de emprego aumentou pela primeira vez em três meses, em meio ao que a S&P Global disse ser uma “melhora na confiança das empresas para o próximo ano”, bem como uma “pressão renovada sobre a capacidade operacional devido ao aumento da demanda”.

O ritmo de aumento nos preços de insumos diminuiu, assim como a taxa na qual as empresas estão aumentando os preços de bens e serviços.

A medida dos preços pagos pelos insumos caiu para 56,6, de 57,2 em maio. O indicador de preços de produtos caiu para o menor nível de cinco meses de 53,5, de 54,3 em maio.

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A moderação ocorreu tanto no setor manufatureiro quanto no de serviços, onde o aumento foi um dos mais lentos dos últimos quatro anos.

“As comparações históricas indicam que o declínio mais recente coloca o indicador de preços da pesquisa em linha com a meta de inflação de 2% do Fed”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence.

O PMI preliminar de manufatura subiu de 51,3 em maio para 51,7 neste mês. Economistas consultados pela Reuters previram que o índice do setor, que responde por 10,4% da economia, cairia para 51.

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Já o PMI preliminar de serviços aumentou para 55,1, um recorde de 26 meses, de 54,8 em maio e expectativa de 53,7.