PMI composto na zona do euro sobe para 47,9 em janeiro, com melhora da indústria

PMI específico de serviços caiu de 48,8 em dezembro para 48,4 em janeiro, a maior baixa em três meses, mas indicador industrial avançou de 44,4 para 46,6, o melhor nível em nove meses

Roberto de Lira

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro teve ligeira alta em janeiro, para 47,9 ante 47,6 em dezembro, atingindo assim o maior nível em seis meses, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (24) pela S&P Global, em parceira com o banco HCOB. O dado é uma ponderação entres os resultados da atividade de indústria e de serviços na área da moeda comum europeia.

O PMI específico de serviços caiu de 48,8 em dezembro para 48,4 em janeiro, a maior baixa em três meses. Esse indicador ficou abaixo do consenso LSEG de analistas, que previ um PMI de 49,0.

Já o indicador industrial avançou de 44,4 para 46,6 na mesma comparação mensal, atingindo o melhor nível em nove meses e superando o consenso de analistas, que era de 44,8.

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Embora o PMI composto tenha avançado, o fato de permanecer abaixo da linha média de 50,0 no dado preliminar sugere que a atividade econômica na região experimenta a contração mais profunda desde 2013 (se excluídos os primeiros meses da pandemia de covid-19, em 2020) .

Embora os produtores de bens tenham continuado a liderar a recessão, com a produção industrial a cair pelo décimo mês consecutivo em Janeiro, a queda na produção industrial foi a mais baixa registada desde Abril passado.

Para Cyrus de la Rubia, economista chefe do HCOB, o início do ano trouxe notícias positivas para a zona do euro, uma vez que a indústria de transformação experimenta um abrandamento da trajetória descendente testemunhada no ano passado.

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“Esta mudança positiva é evidente em indicadores-chave como a produção, o emprego e as novas encomendas. O setor exportador desempenha um papel fundamental na condução da melhoria, apresentando melhores condições face ao final do ano anterior”, comentou em nota

Sobre o momento ideal para que o BCE inicie um ciclo de cortes em suas taxas de juros, o economista afirmou que os indicadores de preços do PMI alinham-se com os sentimentos dos chamados “falcões”, que defendem esperar mais tempo.

“As empresas enfrentaram preços de insumos mais elevados e conseguiram repassá-los aos seus clientes. Como resultado, os aumentos de preços estão em total desacordo com o ambiente recessivo”, alertou.

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