PMI composto na zona do euro recua de 52,8 em maio para 50,3 em junho; serviços perdem força

PMI de serviços na área da moeda comum europeia caiu de 55,1 para 52,4, o mínimo em cinco meses; índice veio abaixo no esperado

Roberto de Lira

Bandeira da União Europeia (Foto: Christian Lue/Unsplash)
Bandeira da União Europeia (Foto: Christian Lue/Unsplash)

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto na zona do euro recuou de 52,8 em maio para 50,3 em junho, segundo dados preliminares e com ajustes sazonais divulgados nesta sexta-feira (23) pela S&P Global, em parceria com o Hamburg Commercial Bank (HCOB). No mês, foi registrada queda na atividade tanto no indicador de serviços como no industrial, que fazem parte do índice composto.

O PMI de serviços na área da moeda comum europeia recuou de 55,1 em maio para 52,4 em junho, atingindo o patamar mínimo em cinco meses. A retração foi superior à esperada pelo consenso Refinitiv de analistas, que era de 54,5.

Já o PMI industrial teve queda ainda mais forte, de 44,8 para 43,6 em um mês, chegando ao ponto mais baixo em 37 meses. Nesse caso, o consenso de analistasprevia estabilidade, em 44,8 em junho.

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Segundo a S&P Global, embora o índice composto tenha ficado acima do limite de 50,0 pelo sexto mês seguido em junho, que separa a expansão da contração da atividade, o patamar foi mais fraco que o dos quatro meses anteriores, sinalizando uma perda considerável do ímpeto de crescimento. A queda de 2,5 pontos no índice foi a maior registrada em um ano.

Ainda segundo os pesquisadores, a desaceleração havia sido sinalizada com antecedência por uma quase estagnação dos fluxos de novos negócios em maio.

Com a nova tendência de negócios medida em bens e serviços piorando ainda mais em junho, já que os novos pedidos caíram pela primeira vez desde janeiro, a deterioração do ambiente de demanda sinaliza riscos negativos também para a produção em julho.

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A manufatura continuou sendo a principal área de fraqueza, com a produção industrial caindo pelo terceiro mês consecutivo e no ritmo mais rápido desde outubro passado. “O declínio acentuado da produção foi impulsionado por uma desaceleração cada vez mais acentuada nas novas encomendas de mercadorias, que caíram na maior extensão desde outubro passado”, disse a S&P Global.

Enquanto isso, o crescimento da produção do setor de serviços desacelerou acentuadamente à medida que o recente ressurgimento dos gastos no setor perdeu força. “A atividade empresarial no setor de serviços cresceu no ritmo mais lento desde janeiro, caindo acentuadamente em relação ao pico recente de abril, com o crescimento de novos negócios recuando para registrar apenas um aumento modesto na demanda, contrastando com os fortes ganhos observados nos três meses até maio”, informou.