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A atividade econômica da França recuou ligeiramente no quarto trimestre, apesar dos gastos firmes dos consumidores, uma vez que o impulso dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 diminuiu, informou a agência de estatísticas INSEE nesta quinta-feira (30).
A segunda maior economia da zona do euro contraiu 0,1% nos últimos três meses de 2024, após uma expansão não revisada de 0,4% no terceiro trimestre, mostraram dados preliminares do INSEE.
Os Jogos Olímpicos sustentaram o crescimento francês no terceiro trimestre devido às vendas de serviços, ingressos e direitos de transmissão, informou a INSEE.
A demanda doméstica contribuiu positivamente para o Produto Interno Bruto no quarto trimestre, uma vez que os gastos dos consumidores esfriaram apenas ligeiramente após o impulso dos Jogos Olímpicos, já que as vendas de veículos aumentaram antes da introdução de novas regulamentações.
“Embora o crescimento tenha sido impulsionado pelos gastos públicos e pela demanda externa nos últimos três anos, a demanda interna privada está finalmente mostrando alguns sinais de vida”, disse o economista do Société Générale, Fabien Bossy, em uma nota de pesquisa.
Os gastos das famílias, tradicionalmente o motor do crescimento francês, aumentaram 0,4% no trimestre, de alta de 0,6% nos três meses anteriores, enquanto o investimento empresarial se manteve estável após ter recuado nos trimestres anteriores.
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O comércio exterior continuou sendo um empecilho para a atividade no último trimestre do ano já que as exportações diminuíram, enquanto as importações se recuperaram. Enquanto isso, uma redução nos estoques das empresas também pesou sobre o crescimento.
Uma pesquisa da Reuters com 30 economistas apontava expectativa de que o crescimento seria estável no quarto trimestre, com estimativas variando de -0,2% a +0,3%.
O desempenho no final do ano deixou a França com um crescimento anual de 1,1%, inalterado em relação ao ano anterior e em linha com a previsão do governo.
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O governo baseou seu plano orçamentário para 2025 em uma previsão de crescimento de 0,9%, embora as perspectivas para o próprio orçamento não sejam claras devido à volatilidade da política interna e à perspectiva de tensões comerciais com os Estados Unidos.