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O Produtor Interno Bruto (PIB) da França no primeiro trimestre de 2023 cresceu 0,2% em relação ao quarto trimestre do ano passado, dentro do esperado pelo consenso Refinitiv, conforme dados do Insee, o instituto nacional de estatísticas do país. O dado do trimestre anterior foi revisado de uma alta de 0,1% para estabilidade (0,0%).
Segundo o Insee, o consumo das famílias manteve-se praticamente estável no primeiro trimestre (+0,1% após -1,0%), com o consumo de alimentos voltando a cair fortemente (-2,7% após -2,9%). Isso foi compensado por uma recuperação do consumo de energia (+5,7% após -8,0%).
A formação bruta de capital fixo (FBCF), uma medida de investimentos, caiu fortemente (-0,8% após alta de 0,2%), arrastada pelo investimento na construção (-1,1% após +0,0%).
No total, a demanda doméstica final excluindo estoques contribuiu negativamente para o crescimento do PIB (-0,2 pontos após -0,3 pontos).
O comércio exterior abrandou no período, com as importações, em particular, voltando a cair com intensidade (-2,8% após -0,8%), devido a uma queda acentuada nas importações de mercadorias.
Já as exportações diminuíram de forma mais moderada (-0,2% após +0,2%). A contribuição do comércio exterior para o crescimento do PIB foi, portanto, positiva pelo segundo trimestre consecutivo (+1,0 ponto após +0,3 pontos).
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Por fim, a contribuição das variações de estoques para o crescimento do PIB foi negativa neste trimestre (-0,6 pontos após -0,1 pontos no quarto trimestre de 2022).
As despesas de consumo das famílias aumentaram 2,1% em valor neste trimestre, ou seja, mais 0,5 pontos do que o rendimento disponível bruto (+1,6%). Como resultado, a taxa de poupança das famílias caiu neste trimestre para 18,3%, após 18,7% no quarto trimestre de 2022. Mas manteve-se bem acima do nível médio pré-crise (15,0% em 2019).