PIB da China desaponta estimativas e cresce 0,4% no 2º tri na base anual, com impacto dos lockdowns

Na comparação trimestral, o PIB caiu 2,6% no segundo trimestre, em comparação com as expectativas de queda de 1,5%

Equipe InfoMoney

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O crescimento econômico da China desacelerou acentuadamente no segundo trimestre, com alta de 0,4% em relação ao ano anterior e abaixo das expectativas, mostraram dados oficiais nesta sexta-feira (14), à medida que os bloqueios generalizados para conter os casos recordes de casos de Covid-19 atingiram a atividade industrial e os gastos do consumidor.

O Produto Interno Bruto (PIB) estava previsto para expandir 1,0% no trimestre abril-junho em relação ao ano anterior, de acordo com uma pesquisa da Reuters com analistas, desacelerando significativamente de 4,8% no primeiro trimestre.

Na comparação trimestral, o PIB caiu 2,6% no segundo trimestre, em comparação com as expectativas de queda de 1,5% e ganho revisado de 1,4% no trimestre anterior. No primeiro semestre, o PIB cresceu 2,5%.

Bloqueios totais ou parciais foram impostos nos principais centros do país em março e abril, incluindo a capital comercial Xangai.

Embora muitas dessas restrições tenham sido suspensas e os dados de junho tenham dado sinais de melhora, os analistas não esperam uma rápida recuperação econômica. A China está mantendo sua dura política de zero Covid em meio a novos surtos, o mercado imobiliário do país está em profunda queda e as perspectivas globais estão escurecendo.

Uma pesquisa da Reuters prevê que o crescimento da China desacelere para 4,0% em 2022, muito abaixo da meta oficial de crescimento de cerca de 5,5%.

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Indústria, varejo e setor imobiliário

Já entre os dados de atividade de junho divulgados nesta sexta apontaram uma alta de 3,9% da produção industrial da China em junho em relação ao ano anterior, ainda que abaixo da projeção de 4,1% prevista por analistas.

No entanto, as vendas no varejo em junho subiram 3,1%, recuperando-se de uma queda anterior e superando as expectativas de nenhum crescimento em relação ao ano anterior. As principais empresas de comércio eletrônico realizaram uma série de eventos de compras promocionais em meados do mês passado.

As vendas no varejo em junho tiveram um aumento de gastos em muitas categorias, incluindo automóveis, cosméticos e medicamentos. Mas itens de restauração, móveis e materiais de construção tiveram um declínio. Nas vendas no varejo, as vendas online de bens físicos cresceram 8,3% em relação ao ano anterior em junho, abaixo do crescimento de 14% no mês anterior.

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O investimento em ativos fixos para o primeiro semestre do ano ficou levemente acima das expectativas, com alta de 6,1% contra 6% previstos.

O investimento geral em ativos fixos aumentou mensalmente, subindo 0,95% em junho em relação a maio, para um valor não divulgado. Enquanto o investimento em infraestrutura e manufatura manteve ritmo de crescimento semelhante ou melhor de maio a junho, o do setor imobiliário piorou. O investimento em imóveis no primeiro semestre do ano caiu 5,4% em relação ao ano anterior, pior do que a queda de 4% nos primeiros cinco meses do ano.

A taxa de desemprego baseada em pesquisa nacional caiu para 5,5% em junho (5,9% em maio). Contudo, o desemprego juvenil (entre 16 e 24 anos) atingiu um recorde de 19,3% em junho, superior a 18,4% em maio.

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No segmento imobiliário, os preços das casas caíram 0,5% em relação ao ano anterior, uma piora frente à queda de 0,1% no mês anterior.

O investimento imobiliário teve baixa de 9,4% em junho, ante uma baixa de 7,8% em maio, enquanto as vendas de imóveis estenderam suas quedas em mais 18,3% no mês passado.

(com Reuters)

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