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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse não estar preocupado com a valorização do dólar frente ao real e que é preciso se acostumar com o elevado patamar da moeda americana.
“O dólar está alto. Qual o problema? Zero. Nem inflação ele [dólar alto] está causando. Vamos importar um pouco mais e exportar um pouco menos”, afirmou após participar em Washington do Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA.
“É bom se acostumar com juros mais baixos por um bom tempo e com o câmbio mais alto por um bom tempo.”
A reunião de 20 executivos de empresas que atuam nos dois países foi retomada depois do encontro do presidente Jair Bolsonaro com Donald Trump, em março, e tem como objetivo identificar pontos em que os dois países podem facilitar comércio e investimentos.
Segundo ele, diante da redução da taxa básica de juros no país, o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”. “Quando você tem um fiscal mais forte e um juro mais baixo, o câmbio de equilíbrio também ele é mais alto”, disse.
Sobre a greve de um grupo de petroleiros, Guedes, sugeriu que demitiria os trabalhadores se a estatal fosse uma empresa privada comandada por ele.
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“Você tem excelentes salários (na Petrobras), bons benefícios, você tem quase estabilidade de emprego e tenta usar o poder político para tentar extrair aumento de salário no momento em que há desemprego em massa? Se fosse uma empresa privada e eu fosse o presidente de uma empresa privada, eu sei o que eu faria”, afirmou o ministro.
O ministro disse que o governo não estuda a privatização da Petrobras e nem articula demissões dos grevistas, mas que o posicionamento sobre a situação atual dos petroleiros é a sua “reação natural”.
“O que eu sei é que a Petrobras foi destruída e eles (petroleiros) estavam trabalhando lá, deveriam ter evitado a destruição da Petrobras. Tomara que eles estivessem bem alertas nesse tempo todo para merecer o aumento (salarial)”, disse o ministro.
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Guedes também confirmou que o governo estuda imposto de 20% para dividendos. A proposta deve ser enviada ao Congresso no próximo ano, passando a valer em 2021. Ministro disse que reforma tributária será feita até o final do ano e em etapas.
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