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SÃO PAULO – O Itaú Unibanco estima que haverá uma recessão no Brasil em 2020 por conta do impacto da pandemia do coronavírus, mas ainda há muitas incertezas sobre quão profunda ela será.
Conforme apontou Mário Mesquita, economista-chefe da instituição, a projeção do banco é de que a recessão no Brasil possa variar de 0,5% até 6,4%. O impacto dependerá do tempo que durar a quarentena, conforme destacou durante teleconferência extraordinária feita pelo Itaú Unibanco na manhã desta segunda-feira (6) para explicar as medidas já tomadas para enfrentar a pandemia.
“O impacto na economia vai depender de quando começarem as medidas de relaxamento das restrições de circulação adotadas pelos governos. Ainda vivemos um clima de muita incerteza”, disse Mesquita.
Caso a quarentena comece a ser flexibilizada no próximo dia 14 de abril, e o terceiro trimestre apresentar 100% de recuperação, o PIB brasileiro poderá encolher 0,5%.
Contudo, se as medidas de restrição de circulação se estenderem até 26 de maio, e a recuperação no terceiro trimestre for mais lenta, a recessão poderá ser de 6,4%.
“Nosso indicador de atividade está cerca de 35% abaixo do que ela estava antes do início da crise e pode piorar de novo. Podemos ver uma nova queda até que comece a ter normalização da atividade econômica com relaxamento de restrição de condições de isolamento social”, destacou Mesquita.
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Para Candido Bracher, presidente do Itaú, o intervalo esperado para as projeções do PIB brasileiro neste ano mostra o quão intensa a crise será. “Nunca tivemos um grau de incerteza como o atual estando em abril”, ressaltou, destacando a grande banda projetada de -0,5% a -6,4% para a atividade econômica em 2020.
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