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O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, defendeu a abertura de uma concorrência pública para a gestão dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) junto aos bancos privados e o fim do monopólio nas mãos da Caixa Econômica Federal.
“Sempre fui um defensor de que a gestão do FGTS fosse discutida para que todo o mercado pudesse ter acesso. Continuo acreditando nisso”, disse ele, durante a premiação Empresas Mais, promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo, em parceira com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Para Lazari, assim como o mercado reduziu as taxas de administração dos fundos de investimento, a Caixa também deveria acompanhar esse movimento em relação ao FGTS.
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“Todo mundo reduziu. Não dava para trabalhar com taxas de administração de 2%, 3% ao ano. Tem vários fundos de administração que estamos com taxa de 0,5% ao ano. Não faz sentido o trabalhador pagar quase 1,5% para a Caixa hoje dada a remuneração que tem o FGTS”, enfatizou o executivo.
O presidente do Bradesco também criticou o atual patamar de remuneração dos recursos dos trabalhadores. Para ele, o retorno atual, de cerca de 3,0%, é injusto.
“Se temos a Selic, os recursos do FGTS têm de ser remunerados pela Selic, pelo IPCA ou outro indexador que proteja um pouco o patrimônio do trabalhador”, sugeriu Lazari. “Concordo com o Rodrigo Maia (presidente da Câmara). O fundo de garantia é a única poupança que o trabalhador de baixa renda tem”, acrescentou.
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Segundo Lazari, o governo não abriu a possibilidade de fazer uma concorrência para que os bancos privados disputem a gestão dos recursos do FGTS e que o Bradesco tem total interesse em participar.
“Temos interesse em participar da gestão e do pagamento dos recursos do FGTS ao trabalhador… Não tem nenhuma sinalização (do governo) ou projeto de lei para que isso seja feita concorrência pública. Eu acho que deveria ser feita uma concorrência pública”, reforçou o executivo.
Mais cedo, durante a premiação Empresas Mais, Maia voltou a criticar o ganho que a Caixa obtém com a administração dos recursos do FGTS.
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O presidente da Câmara defendeu que o banco público reduza a taxa de administração de 1% sobre o valor total dos ativos do FGTS, de cerca de R$ 550 bilhões, e ainda uma remuneração aos trabalhadores, no mínimo, igual à da inflação.
“O problema é que a Caixa está tomando R$ 5 bilhões, R$ 6 bilhões, R$ 7 bilhões dos trabalhadores. Se vai ter lucro de R$ 30 bilhões, por que não devolver R$ 7 bilhões para os trabalhadores?”, questionou ele à plateia de empresários.
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