Para AIE, oferta de petróleo é mais que suficiente para atender demanda global em 2024

Ausência de conflitos geopolíticos maiores e de eventos climáticos extremos, além da desaceleração da China, devem manter o mercado "confortável"

Equipe InfoMoney

Publicidade

O diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou nesta terça-feira (13) que a oferta de petróleo será “mais que suficiente” para atender a demanda global em 2024.

Segundo Birol, a ausência de conflitos geopolíticos maiores e eventos climáticos extremos deve manter o mercado de petróleo “confortável”, resultando em uma moderação dos preços ao longo do ano.

Ele também previu que a demanda será significativamente mais fraca neste ano. “A demanda global será de aproximadamente 1,2 a 1,34 milhões de barris por dia neste ano, devido à desaceleração do crescimento da China – o catalisador mais importante de petróleo do mundo – e a eletrificação do sistema de transportes, com veículos elétricos”.

O diretor-executivo da agência também estimou, na entrevista ao podcast Bloomberg Talks, que a demanda por combustíveis fósseis atingirá um pico antes de 2030, devido ao avanço mais rápido do que o esperado na transição para energia limpa.

Sobre os conflitos no Oriente Médio, Birol disse não ver pressão sobre os maiores produtores da região. “Agora, se houver uma escalada ou o envolvimento de um desses países, os preços de energia podem aumentar e gerar choques para a economia global”. Do contrário, a oscilação dos preços de petróleo no nível atual devem ser consistentes com a estabilidade da inflação global, disse o diretor da AIE.

Também nesta terça-feira (13) foi divulgado o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Segundo o documento, a projeção de demanda mundial de petróleo permanece inalterada neste ano, em 2,2 milhões de barris diários.

Continua depois da publicidade

O cartel dos maiores produtores da commodity disseram que foi feito um ligeiro ajuste para cima na previsão de demanda nos EUA, dada a melhoria das expectativas para a economia do país, e isso compensou a revisão para baixo feita tanto para os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) como da Europa.

(Com Estadão Conteúdo)