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GONÇALVES (MG) – Quase sete em cada dez brasileiros (69%) dizem acreditar que a situação econômica do país piorou nos últimos seis meses, segundo pesquisa do Instituto Datafolha, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (20).
Foram ouvidos 3.667 brasileiros de 190 municípios em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O resultado da pesquisa, realizada entre os dias 13 e 15 deste mês, está próximo de levantamentos que avaliaram o mesmo tema em gestões presidenciais anteriores.
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Durante o governo de Dilma Rousseff (PT), em 2015, o índice atingiu 82%. Na gestão de Michel Temer (MDB), em 2018, o indicador alcançou 72%.
No governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a pergunta surgiu nos levantamentos de 2019 —primeiro ano do atual mandato presidencial, com 35% dos brasileiros apontando piora nos indicadores econômicos. O mesmo questionamento não foi feito em 2020, início da pandemia de Covid-19, e só reapareceu agora.
Para os apoiadores do governo Bolsonaro, 31% avaliam que a economia apresentou melhora. Outros 36% disseram que houve piora. Já para 32%, a situação encontra-se estável.
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Quando a percepção é estratificada por grupos, o cenário tende a ser visto com mais pessimismo entre as mulheres. Para 74% das ouvidas, a economia brasileira está ruim ante 62% dos homens.
Por faixa etária, a percepção também oscila: para pessoas de 16 a 44 anos, 70% dizem que a economia vai mal; cinco pontos percentuais abaixo estão os entrevistados acima desta faixa etária.
Católicos (71%) estão mais pessimistas do que os evangélicos (62%), mostra outro recorte da pesquisa.
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O fator renda também influi na percepção sobre a condução dos rumos da política econômica. Segundo o Datafolha, a avaliação de que a economia vai mal cai conforme cresce a renda da pessoa entrevistada.
Para 70% dos que ganham até dois salários mínimos, a economia piorou. Já para quem vive com renda acima de dez salários mínimos, essa percepção alcança os 62%.
O resultado é inverso quando a escolaridade dos entrevistados é analisada. Quem tem diploma universitário está mais pessimista (74%) com a economia brasileira do que a população (64%) com apenas o ensino fundamental completo.
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Por ocupação, os assalariados sem registro (77%) e estudantes (74%) são os mais preocupados.
O Sudeste e o Nordeste são as regiões mais pessimistas com a economia, com índice na casa dos 70%; nas demais, essa avaliação alcança os 65%.
Como será o amanhã
Os próximos meses não serão animadores, segundo projeção do Datafolha.
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Para 39% dos entrevistados, a situação da economia vai piorar ainda mais —o indicador é quatro pontos percentuais maior em relação à pesquisa anterior, em julho deste ano, e muito abaixo do recorde de 65% batido em março deste ano quando a pandemia de Covid-19 estava em seu auge.
Entre os que apontam melhora na economia, o índice oscilou dentro da margem de erro da pesquisa. Em julho, diz o Datafolha, era de 30%. Em setembro, caiu para 28%. Em março, havia 11% de otimistas. Os números são bem diferentes do registrado, por exemplo, no início do governo de Bolsonaro: 50%.
Entre os que veem o atual governo de forma pessimista, a projeção de piora da economia é ainda maior, com 54% deles dizendo que a área vai sofrer mais abalos nos próximos meses. Já para os simpatizantes da gestão Bolsonaro, que avaliam o governo como bom e ótimo, o percentual está em 13%.
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