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SÃO PAULO – Atualmente, 133 vacinas contra o coronavírus estão sendo desenvolvidas ao redor do mundo, segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na última terça-feira (2).
Os Estados Unidos são os responsáveis pelo maior número de vacinas, com 42 projetos, seguido pela China que está trabalhando em outras 19 tentativas de imunização.
Das 133 vacinas, dez estão na fase de testes clínicos, ou seja, estão sendo testadas em voluntários humanos, sendo que cinco delas são de projetos sediados na China.
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Outras 123 estão na fase de testes pré-clínicos, etapa anterior em que testes são feitos em laboratórios e animais para testar a eficácia da vacina e realizar eventuais modificações.
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O site CNBC elaborou um gráfico com os dados da OMS, que mostra os locais ao redor do mundo onde as vacinas estão sendo desenvolvidas:
O estágio de testes clínicos conta com três etapas que buscam comprovar a eficácia da vacina em grupos de diferentes tamanhos – e cada vez maiores. Depois que a fase três é concluída ainda é necessário fazer testes em larga escala e obter a aprovação regulatória. Para entender melhor como funciona cada etapa, clique aqui.
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Confira os 10 desenvolvedores dos testes clínicos, segundo o documento da OMS e a fase em que a vacina se encontra em cada caso:
Desenvolvedor | País sede | Fase do teste hoje (entre 1 e 3) |
Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca | Reino Unido | fase 2b/3 |
Empresa desenvolvimento de vacinas CanSino Biological Inc. e Instituto de Biotecnologia de Beijing | China | fase 2 |
Empresa de biotecnologia Moderna | EUA | fase 2 |
Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan e a farmacêutica Sinopharm | China | fase 2 |
Biofarmacêutica Sinovac | China | fase 2 |
Empresa de desenvolvimento de vacinas Novavax | EUA | fase 2 |
Farmacêuticas: BioNTech, Fosun Pharma e Pfizer | Alemanha, China e EUA | fase 2 |
Centro Acadêmico de Medicina e Ciência da China | China | fase 1 |
Farmacêutica Inovio | EUA | fase 1 |
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Ainda há uma série de desafios regulatórios e logísticos, e a vacina em larga escala pode estar longe de ser anunciada. Mas alguns projetos estão caminhando mais rapidamente.
Entre eles, está o da empresa americana de biotecnologia Moderna, que informou que parte de seus testes vêm sendo bem-sucedidos.
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Mas como o próprio relatório da OMS mostra, os testes da vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca, estão praticamente na fase três – em que milhares de pessoas serão testadas.
E o auxílio financeiro que esse projeto vem recebendo é robusto: nesta quinta-feira (04), a fundação Bill e Melinda Gates anunciou um investimento de US$ 750 milhões, e agora o projeto conta com um total de US$ 2 bilhões para avançar nas pesquisas.
O comunicado foi divulgado pela farmacêutica e também inclui o apoio da Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemia (CEPI, na sigla em inglês) e da Gavi, Aliança das Vacina, ambas instituições criadas pela Fundação Bill e Melinda Gates. Os valores anunciados também vão auxiliar na produção e distribuição de 300 milhões, das 2 bilhões de doses de vacinas previstas pelo projeto.
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O acordo também prevê uma parceria da AztraZeneca com o Instituto Serum da India (SII, na sigla em inglês), o maior fabricante mundial de vacinas em larga escala, para que 1 bilhão de doses sejam destinada a países de baixa e média renda. O plano é fornecer 400 milhões de doses já até o final de 2020, segundo o comunicado.
Segundo dados da BBC, do total de 2 bilhões de vacina, 300 milhões delas já são dos Estados Unidos, enquanto 100 milhões pertencem ao Reino Unido.
Se os ensaios clínicos forem efetivos, as primeiras doses poderão estar prontas até setembro, de acordo com a expectativa da AztraZeneca.
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