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(ANSA) – Uma pesquisadora do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas da África do Sul afirmou nesta quinta-feira (2) que os primeiros dados disponíveis indicam que a variante Ômicron do novo coronavírus pode ser menos contagiosa que a Delta.
A declaração foi dada durante um briefing da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a situação da pandemia no continente africano, onde a Ômicron foi detectada pela primeira vez.
“As pessoas falam sobre aumento da transmissibilidade, mas acho que neste caso o vírus pode ser tão transmissível ou até menos que a Delta”, afirmou a cientista Anne von Gottberg.
No entanto, ela ressaltou que o agravante da nova variante é a “maior suscetibilidade da população”. “Infecções anteriores costumavam proteger contra a Delta, e agora, com a Ômicron, não parece ser o caso”, disse.
De acordo com Von Gottberg, médicos têm relatado um “crescimento nos casos de reinfecção” com a variante. Por outro lado, a especialista destacou que as vacinas já disponíveis devem “continuar protegendo contra formas graves da doença”.
“As vacinas sempre conseguiram proteger contra casos graves, hospitalizações e mortes”, acrescentou. A Ômicron foi reportada pela primeira vez há cerca de uma semana, na África do Sul, e já chegou em dezenas de países do mundo, incluindo o Brasil.
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Para conter a disseminação da variante, diversas nações impuseram restrições contra viajantes da África meridional, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) já ter criticado essa medida.
“A África do Sul e Botsuana detectaram a variante, mas não sabemos onde ela pode ter surgido. Punir as pessoas que estão apenas detectando e reportando é injusto”, afirmou o consultor da OMS na África Ambrose Talisuna.