OCDE recomenda que G20 mantenha política monetária ‘prudente’

Documento da organização com projeções para 2024 e 2025 diz que as elevadas tensões geopolíticas são um risco de curto prazo para a inflação, especialmente caso impactem a oferta dos mercados energéticos

Estadão Conteúdo

Reunião de cúpula do G20 (Ricardo Stuckert/PR)
Reunião de cúpula do G20 (Ricardo Stuckert/PR)

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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) alertou nesta segunda-feira (5) que a política monetária mundial precisa “permanecer prudente” para garantir que as pressões inflacionárias não voltem precocemente. Por isso, os países não devem reduzir as taxas de juros antes de uma queda consolidada da inflação. A expectativa da instituição é que as taxas permaneçam elevadas nas economias do G20 por um tempo.

De acordo com o documento de projeções atualizadas da OCDE para 2024 e 2025, as elevadas tensões geopolíticas são um risco de curto prazo para a inflação, especialmente caso os conflitos impactem a oferta dos mercados energéticos.

Isto pode manter as pressões de inflação e forçar os países a reavaliar suas flexibilizações monetárias.

Como consequência, o crescimento das economias globais pode ser mais fraco caso as tensões se mantenham por muito tempo.

Paralelo a isto, a OCDE destaca os “desafios fiscais crescentes” enfrentados pela maioria das economias do G20. O aumento do peso da dívida deve forçar os países a conterem o crescimento de suas despesas e reduzirem os quadros orçamentários no médio prazo para se prepararam diante de choques futuros, escreve a instituição.