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FILADÉLFIA (Reuters) – O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama estreou na campanha presidencial de 2020 nesta quarta-feira, fazendo um ataque voraz ao presidente Donald Trump a menos de duas semanas do dia da eleição que decidirá a disputa entre o líder republicano e o desafiante democrata, Joe Biden.
Ao falar em um comício ao estilo “drive-in” na Filadélfia representando Biden, seu ex-vice-presidente, Obama fez uma de suas críticas mais duras até hoje de seu successor.
“Ele não demonstrou qualquer interesse em fazer o trabalho ou em ajudar alguém que não seja ele mesmo”, disse Obama sobre Trump.
Obama, que governou por dois mandatos e continua sendo umas das figuras mais populares do Partido Democrata, atacou Trump por sua condução da pandemia do coronavírus, notando que o próprio presidente havia sido vítima do vírus.
“Donald Trump não irá repentinamente proteger a todos nós”, disse. “Ele não pode nem tomar os passos básicos para se proteger”.
A aparição de Obama nos eventos da campanha preenche um vácuo deixado por Biden, que tem ficado em casa no Delaware desde segunda-feira fazendo reuniões e se preparando para o debate desta semana com Trump em Nashville, no Tennessee.
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Os norte-americanos estão votando antecipadamente em um ritmo sem precedentes neste ano, com mais de 41 milhões de votos feitos por correspondência ou pessoalmente antes do dia da eleição, em 3 de novembro, por conta de preocupações pelo coronavírus e para garantir que seus votos sejam contabilizados.
Na noite desta quarta-feira, Trump faz um comício na Carolina do Norte, um outro Estado decisivo onde as pesquisas de opinião indicam uma disputa apertada.
Biden e Trump se encontrarão no segundo debate entre ambos na noite de quinta-feira, o que dará ao republicano uma chance de mudar o curso da disputa, que tem o democrata na liderança das pesquisas nacionais.