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ITABUNA, Bahia (Reuters) – O número de mortos nas enchentes que atingiram o Nordeste do Brasil subiu para 20 nesta segunda-feira, enquanto o governador da Bahia declarava que este é o maior desastre da história do Estado e as equipes de resgate se preparam para mais chuvas nos próximos dias.
Grande parte da Bahia sofre com enchentes intermitentes há semanas, após uma longa seca dar lugar a chuvas recordes.
As inundações em algumas áreas se intensificaram no final da véspera de Natal e no início do dia de Natal, depois do rompimento de duas represas, fazendo com que os moradores procurassem por terrenos mais altos.
Equipes de resgate patrulhavam em pequenos botes os arredores da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, retirando moradores de suas casas. Alguns, inclusive, escaparam pelas janelas do segundo andar.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse no Twitter que 72 municípios encontram-se em estado de emergência.
“Infelizmente, estamos vivendo o maior desastre já ocorrido na história da Bahia, mas tenho muita fé em Deus e na energia do povo baiano. Vamos reconstruir esses locais e vencer este momento tão difícil”, escreveu.
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O tenente-coronel do corpo de bombeiros da Bahia, Manfredo Santana, disse à Reuters que equipes de emergência resgataram 200 pessoas em apenas três cidades próximas. As fortes correntezas do rio Cachoeira complicaram os esforços de resgate.
“É difícil manobrar, mesmo com jet skis”, disse ele. “As equipes de resgate tiveram de recuar em certos momentos.”
O órgão de defesa civil da Bahia disse nesta tarde que 20 pessoas morreram em 11 municípios diferentes.
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Segundo o jornal O Globo, um oficial estadual de bombeiros disse que as autoridades estão monitorando mais 10 barragens em busca de quaisquer sinais de que possam ruir.
Em comentários na televisão, o governador da Bahia atribuiu as cenas caóticas, em parte, a erros cometidos ao longo dos anos.