Núcleo da inflação no Japão sobe em junho e mantém viva expectativa de alta de juros

O núcleo do índice de preços ao consumidor, que elimina o efeito da volatilidade dos preços dos alimentos frescos, subiu 2,6% em junho em relação ao ano anterior, um pouco abaixo das previsões do mercado de uma alta de 2,7%

Reuters

Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio  - 18/03/2024 (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio - 18/03/2024 (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Tóquio (Reuters) – O núcleo da inflação do Japão acelerou pelo segundo mês consecutivo em junho, mostraram dados nesta sexta-feira (19), ampliando uma série de mais de dois anos acima da meta de 2% do banco central e mantendo vivas as expectativas do mercado de um aumento da taxa de juros no curto prazo.

No entanto, mais de três quartos dos economistas consultados pela Reuters esperam que o Banco do Japão (BoJ) adie o aumento dos juros neste mês, já que o consumo fraco pesa sobre uma economia frágil.

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“A pressão inflacionária impulsionada pela demanda continua fraca. Na verdade, os aumentos de preços causados por custos de importação mais elevados estão reduzindo os salários reais e amortecendo o consumo”, disse Takeshi Minami, economista chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin.

“Não há mudança em nossa opinião de que qualquer aumento dos juros não ocorrerá antes de outubro, no mínimo”, disse ele.

O núcleo do índice de preços ao consumidor, que elimina o efeito da volatilidade dos preços dos alimentos frescos, subiu 2,6% em junho em relação ao ano anterior, um pouco abaixo das previsões do mercado de uma alta de 2,7%.

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Esse aumento seguiu-se a uma alta de 2,5% em maio e excedeu a meta do banco central pelo 27º mês consecutivo, devido, em parte, a um salto de 7,7% nos custos de energia, refletindo uma redução nos subsídios para serviços públicos.

Um índice separado que exclui os efeitos dos custos de alimentos frescos e combustíveis, observado de perto pelo Banco do Japão como um indicador mais amplo da tendência de preços, aumentou 2,2% em junho, após uma leitura de 2,1% em maio.

Os dados estarão entre os fatores que o banco central examinará em sua reunião de política monetária nos dias 30 e 31 de julho, quando divulgará novas previsões trimestrais e debaterá se aumentará os juros dos atuais níveis próximos de zero.