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A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, defendeu nesta quinta-feira (29) seu polêmico plano fiscal, que envolve amplos cortes de impostos e aumento de gastos, e minimizou a reação negativa dos mercados financeiros, ao dizer que está disposta a tomar “decisões difíceis” para garantir a recuperação da economia britânica.
Nos primeiros comentários públicos desde que seu governo anunciou o plano, na semana passada, Truss disse que o Reino Unido está enfrentando “tempos econômicos muito, muito difíceis”, mas ressaltou que os problemas são de ordem global e foram deflagrados pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
A premiê falou após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciar na quarta-feira (28) uma intervenção no mercado de bônus do governo britânicos – os chamados Gilts -, numa tentativa de estabilizar os ativos financeiros.
Nos últimos dias, a libra atingiu mínima histórica frente ao dólar e o rendimento do Gilt de 10 anos saltou aos maiores níveis desde 2008, em reação ao pacote.
À rádio BBC, Truss disse que o governo britânico precisava tomar ações urgentes “para fazer a economia crescer e também lidar com a inflação”, que está no maior nível em cerca de quatro décadas.
“É claro que muitas medidas que anunciamos não irão acontecer da noite para o dia. Não vamos ver o crescimento surgir da noite para o dia”, disse a premiê. “O importante é que estamos colocando este país numa trajetória melhor no longo prazo”, acrescentou.
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(Associated Press)