No Fed, Bostic apoia pausa no aperto monetário, mas Barkin evita antecipar decisão de junho

"Estou confortável em esperar para ver como a economia vai evoluir", afirmou Bostic, durante evento organizado pelo Fed de Richmond.

Estadão Conteúdo

Fachada do Fed, em Washington, nos EUA (Foto: Divulgação)
Fachada do Fed, em Washington, nos EUA (Foto: Divulgação)

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O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Atlanta, Raphael Bostic, voltou a indicar, nesta segunda-feira, 22, que apoia uma pausa no aperto monetário em junho para avaliar os efeitos defasados da escalada de juros dos últimos meses.

O dirigente, que não vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), ressaltou que há incertezas sobre o impacto do processo na atividade econômica.

“Estou confortável em esperar para ver como a economia vai evoluir”, afirmou Bostic, durante evento organizado pelo Fed de Richmond.

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O presidente da distrital de Richmond, Thomas Barkin, por sua vez, evitou antecipar qual será a decisão do mês que vem. “Haverá uma série de dados daqui até lá”, disse ele, que também não vota no FOMC em 2023.

Quebra do SVB

Raphael Bostic afirmou ainda nesta segunda-feira que a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) expôs a necessidade de mudanças no processo de concessão de liquidez por parte da autoridade monetária.

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No evento organizado pelo Fed de Richmond, Bostic chamou atenção para a rapidez do colapso do SVB, que mostrou a importância de bancos terem acesso aos instrumentos do BC americano sempre que precisarem.

O dirigente, no entanto, reconheceu que haveria “desafios operacionais” em implementar a janela desconto 24 horas por dia.

Thomas Barkin, que participou do mesmo painel, ressaltou que uma moeda digital emitida por BC (CBDC, na sigla em inglês) teria que ser autorizada pelo Congresso dos EUA. Para ele, a elaboração da ferramenta precisaria levar em conta os riscos de desintermediação bancária.