Mundo precisa da América Latina, que necessita atrair investimentos, avalia Goldfajn

Presidente do BID disse em Washington que alguns países da região, como Brasil e México, atingiram um ponto de inflexão para atrair recursos, mas que precisam aproveitar oportunidades

Estadão Conteúdo

Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

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O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, afirmou que a região da América Latina e Caribe vive o início de um ponto de inflexão, mas precisa criar condições para atrair investimentos estrangeiros.

“A América Latina e Caribe têm diversos desafios, mas também oportunidades. Primeiro, precisa criar condições para atrair investimentos e a segunda parte é como transformar aumento de investimento de fora em maior produtividade”, disse Ilan, em evento na terça-feira da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, em Washington.

Ele lembrou que, no ano passado, a região da América Latina e Caribe cresceu acima das expectativas, impulsionada por países que até então avançavam em menor ritmo. Os maiores avanços econômicos vieram do Brasil e do México. No passado, os destaques costumavam a ser Peru, Colômbia e Chile.

“Isso se inverteu. Pode ser uma coincidência ou o começo de um ponto de inflexão motivado por oportunidades que estão em áreas como transição ecológica e insegurança alimentar”, disse Ilan. “Esse ponto de inflexão tem de ser aproveitado. O mundo precisa mais da América Latina que no passado”, concluiu.

Ilan participa de evento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes de empresas americanas como Cargill, Prudential Financial, Bank of America, Mastercard e outras, na sede de Câmara do Comércio dos EUA.