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O candidato “libertário” à presidência da Argentina, o economista Javier Milei, continua a liderar em todas as pesquisas de intenção de votos divulgadas nos últimos dias, com diferenças que vão de 1 a 13 pontos percentuais, dependo do levantamento. Segundo o jornal El Observador, uma média das dez últimas pesquisas mostra Milei com 37,2%, seguido pelo ministro Sergio Massa, com 30,5%, e por Patricia Bullrich, com 26,2%.
Em dois dos estudos, Milei poderia ser eleito já no primeiro turno da disputa, em 22 de outubro.
Pelas regras eleitorais do país, não haverá necessidade de um segundo turno se um dos candidatos conquistar 45% dos votos válidos ou se alcançar 40%, mas abrir uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo colocado. Se necessário, o segundo turno aconteceria em 19 de novembro.
Nas pesquisas listadas pelo jornal, Milei atinge esse patamar pelo Opinión Lab (40% ante 29,4% de Massa) e pela DC Consultores (40,4% ante 27,4%). Bullrich está em 3º lugar em todas as pesquisas.
Num segundo turno, Milei venceria tanto Massa como Bullrich, mas as maiores diferenças são sobre o atual ministro da Economia.
Na última sexta-feira (22), o Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (Celag) divulgou seu mais recente levantamento e apontou Milei na liderança com 33,2% dos votos válidos, enquanto Massa ficaria 32,2%. Patricia Bullrich alcançaria 28,1% das preferências. Foram ouvidas 2,5 mil pessoas e a margem de erro oscila entre 0,9% e 2,2%.
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Segundo essa pesquisa, quase 80% dos entrevistados afirmam que votarão no mesmo nome escolhido nas prévias (PASO), enquanto 15,9% indicaram que ainda não decidiram seu voto e apenas 2,6% afirmam que não votarão no mesmo candidato.
O estudo quis conhecer as “fragilidades” de cada candidato e as palavras mais associadas a Milei foram: violência (30,4%), chantagem (21,2%) e machista (19,7%)a. Da mesma forma, 58% o consideram emocionalmente instável e 37,7% disseram que libertário é uma pessoa autêntica e corajosa.
Para Massa, as palavras mais associadas ao candidato foram: fracasso (32,7%), desconfiança (23,7%) e mentiras (19,1%). Patricia Bullrich, por sua vez, teve como mais citada as palavras repressão (30,4%), má gestão (27,7%) e “máfia” (15,8%).
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A maioria do entrevistados (54% ante 40,3%) são contrários à privatização da Aerolíneas Argentinas e dois terços dos pesquisados disseram considerar que as exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) pioraram a condição econômica do país.