SÃO PAULO – Os economistas voltaram a revisar para baixo as expectativas de crescimento da economia brasileira e inflação para este ano. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira (26).
Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção foi reduzida pela oitava semana consecutiva, desta vez de 3,22% para 3,20% em 2020, ficando estável em 3,75%, em 2021.
O mesmo aconteceu com as perspectivas para a expansão do PIB brasileiro, cuja mediana das projeções recuou pela segunda semana, agora de 2,23% para 2,20%. Para 2021, a expectativa de crescimento seguiu sem alterações, indicando alta de 2,50% da atividade.
Com relação à taxa básica de juros, o mercado espera que a Selic permaneça estável em 4,25% ao ano, em 2020, e suba para 6%, em 2021.
Por fim, no que tange às previsões para o mercado cambial, o relatório Focus revelou que a estimativa para o dólar em 2020 subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15; o mesmo aconteceu com a previsão para 2021, que teve alta de R$ 4,11 para R$ 4,15.
Na sexta-feira (21), a moeda americana fechou com leve alta de 0,04%, cotada a R$ 4,3925 na compra e R$ 4,3932 na venda. No ano, o dólar já sobe cerca de 9%.
“Top 5”
Entre os economistas que mais acertam as previsões, reunidos na categoria “Top 5” do relatório Focus, as estimativas para a inflação apresentaram queda apenas no grupo “Top 5 curto prazo”, que vê um aumento de 3,40% do IPCA em 2021, ante 3,50% na semana anterior. Para este ano, a previsão foi mantida em 3,08%.
Já no grupo “Top 5 médio prazo”, os economistas seguem estimando que a inflação fique em 3,16%, em 2020, e em 3,73%, no próximo ano.
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