SÃO PAULO – O mercado financeiro revisou para cima a projeção para o desempenho da atividade brasileira e agora vê uma queda de 5,05% para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano, ante estimativa anterior de contração de 5,11%. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (21).
De acordo com o levantamento, a expectativa é de que, passado o tombo mais forte do PIB decorrente da pandemia de coronavírus, a economia brasileira volte a crescer no próximo ano, em 3,50%.
Em meio às discussões sobre o aumento dos preços dos alimentos, os economistas consultados pelo Focus elevaram, pela sexta semana consecutiva, a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 1,94% para 1,99% este ano. Para 2021, a estimativa foi mantida em 3,01%.
As estimativas são maiores que as projetadas pelo Ministério da Economia, que elevou, na última semana, a expectativa para a alta de preços, de 1,58% para 1,83%, em 2020. Já para o próximo ano, a projeção passou de 3,24% para 2,94%.
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Com relação aos demais indicadores do Focus, não houve alterações nas estimativas do levantamento desta semana.
Segundo os economistas consultados pela autoridade monetária, a taxa Selic deve encerrar dezembro no atual patamar, de 2,00% ao ano, e subir para 2,50% a.a. até dezembro de 2021.
Já no câmbio, o dólar deve terminar este ano em R$ 5,25 e o próximo, em R$ 5,00.
Top 5
Entre os economistas ouvidos pelo BC que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, as projeções para inflação e câmbio em 2020 foram modificadas.
Agora, a expectativa do grupo é de que a inflação suba a 2,05% este ano (ante 1,95% na semana passada), encerrando 2021 em 3,20%.
Para a câmbio, as estimativas tiveram leve queda, de R$ 5,34 para R$ 5,30 em 2020, e se mantiveram em R$ 5,10, em dezembro de 2021.
No que tange às expectativas para a taxa básica de juros, estas permaneceram em 2,00% para o fim deste e do próximo ano.
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