Mais de 20 países suspenderam aplicação da Oxford/AstraZeneca; veja a lista

Suécia e Letônia entraram para a lista de países que suspenderam o uso da vacina, após relatos de efeitos colaterais

Érico Lotufo

Frasco da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 (REUTERS/Pilar Olivares)
Frasco da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 (REUTERS/Pilar Olivares)

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SÃO PAULO – Mais de 20 países já suspenderam a aplicação da vacina da Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19, após relatos de formação de coágulos sanguíneos em pacientes que receberam doses. Suécia e Letônia anunciaram nesta terça-feira (16) a suspensão da vacinação, após Alemanha, França e Itália pararem a imunização ontem. As informações são do canal de notícias Al Jazeera.

Tanto Suécia quanto Letônia afirmaram que a suspensão é apenas uma medida de precaução. Segundo agências de saúde suecas, pelo menos 10 pacientes suecos que receberam a dose da Oxford/AstraZeneca foram diagnosticados com trombose. Já o governo letão afirmou que não houve nenhum caso relatado no país, mas que suspenderá a vacinação por pelo menos duas semanas.

Mais de 17 milhões de pessoas já receberam o imunizante no Reino Unido e na União Europeia, segundo a AstraZeneca. A empresa também afirma que, até o último domingo (14), apenas 40 casos de trombose foram relatados.

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A Áustria foi o primeiro país a suspender o uso da vacina, no dia 7 de março. Noruega e Dinamarca seguiram o exemplo austríaco quatro dias depois. No dia 12, a Tailândia se tornou o primeiro país não-europeu a suspender a vacina, seguido pela República Democrática do Congo e pela Indonésia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) irá revisar os procedimentos de segurança da vacina ainda nesta terça-feira (16). Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, afirmou que ainda não há evidências que liguem a vacina Oxford/AstraZeneca aos casos de trombose.

A Agência Europeia de Medicamentos, órgão que regula o setor na União Europeia, reafirmou em coletiva nesta terça-feira (16) que os benefícios da vacina Oxford/AstraZeneca superam os riscos. Emer Cooke, diretora-executiva da entidade, afirmou que a agência fará novas reuniões tanto nesta terça-feira quanto na quinta-feira (18) para chegar a uma conclusão sobre o caso, a ser divulgada na própria quinta.

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“Nós temos uma obrigação com todos os cidadãos europeus de dar uma resposta clara e baseada em evidências científicas”, disse Cooke. Ela também afirmou que a agência analisará os efeitos colaterais caso a caso, e não se restringirá apenas aos casos ligados à vacina Oxford/AstraZeneca.

Confira a lista de países que suspenderam a vacinação, com a data dessa suspensão. Por enquanto, são 21 países:

País Data de suspensão
Suécia 16/03
Letônia 16/03
França 15/03
Alemanha 15/03
Itália 15/03
Espanha 15/03
Luxemburgo 15/03
Chipre 15/03
Portugal 15/03
Eslovênia 15/03
Indonésia 15/03
Países Baixos 15/03
Irlanda 14/03
Bulgária 12/03
República Democrática do Congo 12/03
Tailândia 12/03
Romênia 11/03
Islândia 11/03
Dinamarca 11/03
Noruega 11/03
Áustria 07/03

Vacina de Oxford/AstraZeneca no Brasil

No Brasil, quase 3 milhões de pessoas já receberam doses da vacina, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Na última segunda-feira (15), a agência afirmou que não há nenhum relato de efeitos colaterais graves decorrentes da vacina Oxford/AstraZeneca no país.

“Já foram aplicadas mais de dois milhões e oitocentas mil doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca no Brasil”, afirmou a Anvisa em nota. “A Anvisa está monitorando nesse conjunto a ocorrência de cinco casos suspeitos de eventos tromboembólicos aqui ocorridos, não havendo, até o momento, correlação estabelecida entre o uso da vacina Fiocruz/Astrazeneca com eventos adversos relacionados à coagulação sanguínea”.

“O lote suspeito – ABV5300 – é fabricado pela Astrazeneca e não é utilizado no Brasil. As vacinas utilizadas no Brasil, até a presente data, que foram importados pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos/Fundação Oswaldo Cruz, provêm do Serum Institute of India Pvt. Ltd, outro sítio de fabricação da vacina e, portanto, lotes diferentes daquele utilizado nos países relatados”, afirmou a Anvisa. O comunicado veio da Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária.

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