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A companhia naval dinamarquesa Maersk informou nesta terça-feira (2) que decidiu novamente interromper por prazo indefinido o transporte marítimo pelo Mar Vermelho, depois que um de seus navios foi atacado por militantes Houthi no fim de semana. A decisão da empresa prolonga uma pausa de 48 horas implementada imediatamente após o incidente.
O Maersk Hangzhou, um navio porta-contêineres com bandeira de Cingapura que opera entre a Europa e a Ásia, foi atacado com mísseis pelo grupo rebelde do Iêmen apoiado pelo Irã na noite de sábado (30/12). Posteriormente, quatro barcos se aproximaram do navio, atiraram nele e tentaram abordá-lo, segundo a empresa.
Fontes próximas à Marinha dos Estados Unidos informaram às agências de notícias que, na manhã de domingo (31/12) helicópteros responderam ao fogo vindo de barcos controlados pelos Houthis, afundando três deles e matando as tripulações. O quarto barco fugiu. Mais tarde, o grupo rebelde reivindicou o ataque e disse que perdeu 10 combatentes no encontro.
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A companhia informou que alguns de seus navios serão redirecionados e continuarão sua viagem ao redor do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul.
Há uma semana, a Hapag-Lloyd, outra companhia marítima que transporta cargas pela região, também informou que continuará a evitar trânsitos pelo Mar Vermelho e que redirecionará seus navios para o Cabo da Boa Esperança até pelo menos 9 de janeiro.
Por conta da continuidade da tensão na região, os preços do petróleo operaram voláteis nesta terça-feira, saltando mais de 2% no início do dia, mas depois perdendo esses ganhos. O petróleo bruto WTI caiu 82 centavos, ou 1,14%, negociado a US$ 70,83 por barril. Já o Brent perdeu 68 centavos, ou 0,88%, com negociação a US$ 76,36 por barril.
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Cerca de 12% do comércio global e perto de 3 milhões de barris de petróleo trafegam pela Mar Vermelho a cada dia, de acordo com cálculos da RBC Capital Markets.