Lote com matéria-prima para fabricação da CoronaVac chega a SP

Segundo o governo de São Paulo, esse volume de insumos é suficiente para produzir 1 milhão de doses da vacina

Equipe InfoMoney

A CoronaVac é a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan (Divulgação)
A CoronaVac é a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan (Divulgação)

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SÃO PAULO – Após a chegada do primeiro lote da Coronavac com 120 mil doses prontas há 15 dias, um outro carregamento, dessa vez com 600 litros de matéria-prima do imunizante para a fabricação local, chegou a São Paulo nesta quinta-feira (03). Segundo o governo de São Paulo, esse volume de insumos é suficiente para produzir 1 milhão de doses da vacina.

A vacina é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan – para onde a matéria-prima foi levada.

O Butantan usará os insumos, que são os “ingredientes” da vacina, para finalizar a produção do imunizante.

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Para acompanhar a chegada do material no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, estavam o João Doria (PSDB), governador do estado, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, e Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde.

“Viemos receber aqui mais um lote de insumos para a produção da vacina contra a Covid-19: a CoronaVac, a vacina do Butantan, que vai proteger e salvar vidas. Esses insumos serão suficientes para a produção de um milhão de doses da vacina. Ao longo do mês de dezembro chegaremos até sete milhões de doses da CoronaVac”, afirmou Doria em vídeo publicado em seu Twitter.

Os insumos são os “ingredientes” necessários para a finalização da vacina no país. Caberá ao Butantan concluir a etapa final de fabricação.

Ao todo, pelo acordo fechado, o Butantan receberá do laboratório chinês 6 milhões de doses prontas para o uso e vai formular e envasar outras 40 milhões de doses.

Assim, segundo Doria, somando as 120 mil doses que haviam chegado, agora o “agora já temos 1 milhão e 120 mil doses da vacina em solo brasileiro para salvar vidas”, complementou Doria.

Ainda segundo o governador, até o início do próximo ano, o governo deve receber as mais de 46 milhões de doses previstas.

“No próximo mês de janeiro, até o dia 15 de janeiro, mais 40 milhões de doses da vacina”, disse.

O governo do estado compartilhou um vídeo no Facebook mostrando a chegada do lote com os insumos. Veja:

CoronaVac tem bons resultados, mas em fase anterior à Pfizer e Moderna

Um artigo publicado na revista científica “The Lancet” mostrou que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo contra o vírus Sars-CoV-2 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.

No entanto, os testes são referentes às fases 1 e 2 do estudo clínico. Embora sejam positivos, sua eficácia contra a Covid-19 ainda precisa ser comprovada com os testes da etapa final (fase 3), que também estão sendo realizados no Brasil, com milhares de voluntários.

A vacina da Moderna já havia apresentado uma eficácia de 94,5%, na fase 3 de testes, porém em resultados preliminares.

Por outro lado, o imunizante produzido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNtech se mostrou 95% eficaz na fase 3 de testes, foi aprovado pela União Europeia e o Reino Unido deve receber as primeiras doses da vacina já na próxima semana.

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