Lagarde rejeita ‘pressão política’ após Itália defender cortes maiores nos juros

Dois ministros do governo italiano criticaram o BCE, após o banco central da zona do euro cortar sua taxa de depósito em 25 pontos-base, para 3,50%, medida considerada conservadora

Reuters

A presidente do BCE, Christine Lagarde, fala com repórteres em Frankfurt - 
12/09/2024 (Foto: Jana Rodenbusch/Reuters)
A presidente do BCE, Christine Lagarde, fala com repórteres em Frankfurt - 12/09/2024 (Foto: Jana Rodenbusch/Reuters)

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Roma (Reuters) – O Banco Central Europeu (BCE) é uma instituição independente que não está sujeita a nenhuma pressão política, disse a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, nesta sexta-feira (13), rejeitando os apelos italianos por maiores cortes nas taxas de juros.

Dois ministros do governo italiano criticaram o BCE na quinta-feira, quando o banco central da zona do euro, sediado em Frankfurt, cortou sua taxa de depósito em 25 pontos-base, para 3,50%, e o acusaram de falta de coragem.

“O Banco Central Europeu é uma instituição independente, o que está claramente estabelecido nos tratados”, disse Lagarde em uma reunião informal dos ministros da Economia da UE em Budapeste.

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“Não estamos sujeitos a nenhum tipo de pressão política”, acrescentou.

A Itália, com os custos de empréstimo mais altos da zona do euro e a segunda maior dívida pública do bloco como proporção da produção nacional, tem muito a ganhar com uma queda acentuada nas taxas do BCE.

O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, um dos membros do governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que se manifestou contra o BCE, também pediu que o tratado de fundação do banco seja reformado.

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“Hoje, o Banco Central Europeu está preocupado apenas em combater a inflação, (mas) isso não é suficiente, precisamos de um banco central que possa administrar a moeda para promover o crescimento”, disse Tajani.

Em seu discurso na quinta-feira, Lagarde sugeriu aos repórteres que a barreira para outro corte no próximo mês é relativamente alta, destacando que seria improvável que os formuladores de política monetária tivessem dados suficientes para determinar se uma flexibilização adicional seria apropriada.

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