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Israel formou um raro governo de emergência com alguns membros da oposição nesta quarta-feira (11) para comandar o país durante o período de guerra contra o Hamas.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o “gabinete de gestão de guerra” será formado por três membros: o próprio Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ex-ministro da Defesa, Benny Gantz, que agora lidera um partido da oposição.
Ron Dermer, ministro de assuntos estratégicos, e Gadi Eizenkot, ex-chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, serão observadores.
Durante o período de guerra, não serão propostos projetos de lei ou decisões governamentais que não digam respeito à condução da guerra. Todas as nomeações superiores serão automaticamente prorrogadas durante o período de conflito.
Um lugar no gabinete de guerra será reservado a Yair Lapid, que é o chefe da oposição e foi primeiro-ministro até ao final do ano passado, quando Netanyahu o sucedeu.
Espera-se que o governo mova tropas para o sul da Faixa de Gaza, onde o Hamas está baseado. Oficiais afirmam que o grupo, apoiado pelo Irã, deve ser completamente destruído.
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A composição do gabinete de guerra mostra que membros de extrema-direita da coligação de Netanyahu, incluindo o Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, não participarão no comando das operações militares de Israel.
Israel também enfrenta pressão na sua fronteira norte com o Líbano. Na quarta-feira (10), as forças israelenses trocaram tiros com militantes do Hezbollah, que, como o Hamas, são financiados e apoiados pelo Irã.
O Hezbollah expressou solidariedade ao Hamas. Analistas acreditam que o grupo tenha dezenas de milhares de mísseis, podendo optar por atacar Israel com mais força, especialmente se as tropas israelitas entrarem em Gaza.
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